A Central do Sul do 112, que serve nove distritos, está a funcionar com pouco mais de um terço dos operacionais que deveria ter ao serviço.
Em agosto, a Central do Sul do 112, que serve nove distritos do país, terá apenas quatro operadores para todas as chamadas de emergência, cerca de dez mil por dia. A falta de recursos humanos está a levar a um aumento do tempo de resposta. A média deveria ser de seis segundos, mas há quem fique três minutos à espera, denuncia o jornal CM com base na escala do serviço para o mês de agosto.
O ideal seria que cada turno da Central Sul do 112 tivesse 12 pessoas em cada um dos três turnos diários. No entanto, em muitos deles, só tem quatro operadores para atender as chamadas de emergência. Este foi o cenário dos primeiros dias do mês, com as temperaturas a baterem recordes e o número de incêndios a aumentar.
Segundo o jornal CM, a Central do Sul funcionou apenas com quatro, cinco ou seis pessoas por turno, quando o ideal seriam 12 para atender as chamadas de emergência feitas para o 112 a partir dos distritos de Santarém, Portalegre, Évora, Faro, Beja, Castelo Branco e Leiria, Lisboa e Setúbal.
A falta de pessoal está a fazer com que o tempo de resposta seja maior. Além disso, para agravar a situação, cerca de 75% das chamadas não são emergência.
Paulo Rodrigues, presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia, afirmou “Já levámos esta questão ao MAI, mas até agora nada foi feito e a situação até se agravou. Falta investimento em meios humanos naquilo que é um ponto nevrálgico de todo o sistema de socorro”, denunciou.
César Nogueira, presidente da Associação dos Profissionais da Guarda/GNR, referiu ainda que se não fossem os voluntários a cobrir as falhas, a situação era muito pior.
O Ministério da Administração Interna esclareceu entretanto que “o serviço é gerido de modo a que nos turnos com menos movimento esteja um menor número de operadores em atividade”, acrescentando que “está a decorrer um novo processo de recrutamento junto da GNR”.