Caçadores vão participar na prevenção de incêndios florestais

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Os caçadores portugueses vão estar envolvidos este verão na prevenção dos incêndios, através de um programa governamental assinado esta quarta-feira com o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas e que abrange cinco mil zonas de caça.

O programa “Cada Caçador, Um Vigilante” foi oficializado esta quarta-feira, numa cerimónia que decorreu no concelho de Benavente, no distrito de Santarém, presidida pelo ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Capoulas Santos.

No final do encontro, em declarações aos jornalistas, o governante sublinhou que este protocolo, assinado com as três principais associações de caça, pretende envolver os caçadores na vigilância das florestas portuguesas e na comunicação às autoridades de eventuais situações de risco.

“Trata-se de termos mais olhos a vigiar a floresta por forma a tentar prevenir ou detetar incêndios na sua fase nascente. Pretendemos desta forma integrá-los [caçadores] de forma organizada no sistema de prevenção contra incêndios, uma vez que vão ser identificados os seus números de telefone e uma vez ligado o 112 são dados como um contacto credível, o que dispensa uma série de confirmações”, referiu Capoulas Santos.

O governante referiu que os caçadores “têm uma presença no território constante” e que, por isso, “são conhecedores do que se passa”, podendo assumir o papel de “guardiões da natureza”. Com a assinatura deste protocolo, em cada uma das cinco mil zonas de caça existentes em Portugal irá existir um grupo de caçadores (identificados com coletes e com um autocolante) responsáveis por comunicar diretamente com as autoridades, em caso de avistarem qualquer situação suspeita que possa pôr em causa a segurança da floresta.

Esta confiança depositada pelo Governo nos caçadores é encarada por estes com “orgulho, mas com sentimento de “responsabilidade”, uma vez que vem “reconhecer” a importância deste grupo.

Para o presidente da Federação Portuguesa de Caça (Fencaça), Jacinto Amaro, “Isto é um reconhecimento. Este protocolo dá-nos mais responsabilidades sobre esta matéria. É o culminar do reconhecimento do que temos feito, mas é também mais uma obrigação”.

Além da Fencaça, participam igualmente neste projeto representantes da Associação Nacional de Proprietários Rurais (ANPC) e da Confederação Nacional dos Caçadores Portugueses (CNCP).

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