Grupo francês produz peças para marcas como BMW, Mercedes, Ferrari ou Porsche em Viana do Castelo

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Implantação em Viana do Castelo surge no contexto de crescimento da multinacional. Centro de I&D estará pronto no final do mês, mas projeto prevê mais duas fases de expansão. Para já, serão criados 100 postos de trabalho diretos, mas, se fases posteriores avançarem, número de empregos poderá chegar aos 800 postos.

O grupo francês Bontaz, especializado na conceção e fabrico de subconjuntos para motores de automóveis, está a implantar-se em Portugal. A construção de um centro de I&D no Parque Empresarial de Lanheses, em Viana do Castelo, estará concluída no final de julho. A Garcia Garcia, construtora especializada em design and build de edifícios industriais, logísticos, residenciais e comerciais, assina os projetos de arquitetura e engenharia, assim como a execução da obra, que prevê mais duas fases. A construtora portuguesa participa, assim, em mais uma obra para o ramo automóvel em Lanheses, onde se está a criar um verdadeiro cluster de empresas do setor, que, no conjunto do país, vale 5,9% do PIB. No âmbito da sua estratégia de crescimento, o grupo que é fornecedor de primeira linha de marcas como BMW, Mercedes, Fiat, Ferrari, Porsche, Volvo e Volkswagen, decidiu implementar-se em Portugal. O projeto em desenvolvimento envolve, numa primeira fase, um centro de I&D, orientado para dar resposta aos novos desafios do mercado e para projetar o futuro da indústria. A missão deste complexo será criar e desenvolver linhas de produção mais eficientes e que contribuam para a excelência do processo de fabrico e dos próprios produtos. A fase em curso implicará a criação de cerca de 100 de postos de trabalho diretos. Com as duas fases posteriores (unidade de usinagem e unidade de torneamento mecânico) a concretizarem-se, estima-se a criação de mais 700 postos de trabalhos.

Quarta unidade para a indústria automóvel em Viana

Esta é a quarta unidade para o setor automóvel que a Garcia Garcia concebe e constrói no Parque Empresarial de Lanheses – BorgWarner, Steep Plastique e Eurostyle. Esta última, encontra-se a ser ampliada pela construtora.

Não admira, portanto, que ainda recentemente o presidente da Câmara de Viana do Castelo, José Maria Costa, tenha manifestado a intenção de formalizar junto do Ministério da Economia a proposta para a criação de um cluster automóvel no norte de Portugal e Galiza. O autarca justificou a criação do mesmo com o facto de “na região Norte estarem instaladas muitas empresas do setor automóvel para fornecer marcas como a Peugeot e Citroën de Porrinho, que produzem cinco vezes mais que a Autoeuropa”. Recorde-se que um estudo realizado pela consultora Deloitte para a Mobinov – Associação do Cluster Automóvel revelou que o setor em Portugal é maior do que tem sido considerado até agora. Isto, porque, no ano passado, a atividade das empresas do setor (construtores e fornecedores) valeu perto de 11 mil milhões de euros, o que equivale a 5,9% do PIB.

Eficiência energética entre as principais preocupações do projeto

A construção do centro I&D da Bontaz arrancou em julho do ano passado e a terraplanagem do terreno obrigou a movimentar cerca de 180.000 m3 de terra. Implantado na zona mais elevada no Parque Empresarial de Lanheses, o seu imponente volume marca a paisagem envolvente.O projeto arquitetónico focou-se essencialmente na fusão do edifício com a envolvente e no desnível do terreno que marca a relação do centro com o restante parque empresarial. Do ponto de vista funcional, o edifício divide-se em dois grandes volumes: a área administrativa e o centro I&D. O bloco administrativo surge em primeiro plano, com um volume exuberante em betão aparente, que será a face principal do edifício. Com um design retilíneo, é marcado por dois volumes horizontais rasgados por um outro elemento também ele horizontal, que funciona como elemento de exceção. Neste último volume, desenha-se a marca da empresa, mas também se esconde a zona técnica. Por sua vez, o edifício de I&D assume uma volumetria pura e estável por força das questões de layout industrial e necessidades do funcionamento da própria empresa. Destacam-se os enormes rasgos envidraçados nas fachadas laterais, que favorecem a iluminação zenital e, consequentemente, o conforto de quem trabalha no edifício, bem como a diminuição da fatura energética. A poupança de recursos e a eficiência energética foram as principais preocupações do projeto conceptual, que determinou premissas como o controlo da incidência solar com lâminas de corte solar nos grandes vãos envidraçados que marcam a estrutura. As exigências do centro manifestam-se ainda nas complexas redes de suporte à operação de I&D, destacando-se a rede elétrica por busbar canalis, a rede de ar comprimido e a de distribuição de água de processo, assim como, o avançado sistema de climatização que permite o controlo integral de temperatura no edifício. O edifício de I&D irá contar com uma área de Engenharia e Desenvolvimento, com Laboratórios, área de Prototipagem, de Desenvolvimento de Linhas e de Testes. Por sua vez, o bloco administrativo e social, para além de uma moderna área de escritórios, irá receber uma cantina, balneários e outras áreas de suporte aos colaboradores.

 

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