A aldeia de Rio de Onor, em Bragança, prepara-se para receber “entre sete a oito mil visitantes” no festival que junta tradição e modernidade, de 20 a 22 de julho, naquela que está entre as “maravilhas” de Portugal. A inclusão nas “Sete Maravilhas de Portugal” é um chamativo para o Festival de D´Onor, como vincou hoje a organização, na apresentação do evento feita ao ar livre na aldeia conhecida pela comunitarismo e por partilhar o quotidiano com o povo vizinho espanhol Rihonor de Castilla, que a fronteira nunca separou.
Pelo segundo ano consecutivo, a associação juvenil Montes de Festas organiza o festival que na primeira edição juntou “cinco mil visitantes” e espera receber, entre 20 e 22 de julho, “sete a oito mil”, como indicou hoje David Vaz, da organização, que conta com o apoio da União de Freguesias Aveleda/Rio de Onor e da Câmara de Bragança, e parcerias com outras organizações, nomeadamente espanholas.
O festival tem um programa com convívio entre gerações, música, gastronomia, atividades desportivas e lúdicas e contacto com as tradições da aldeia, entre elas uma ronda pelas adegas das casas dos habitantes.
O evento é apresentado como “transfronteiriço” com entrada gratuita e preços “acessíveis” para acampar e degustar a gastronomia regional.
É tudo feito em parceria com a população, como frisou David Vaz, da associação para dinamizar o meio rural.
Vai haver pão a sair do forno comunitário diretamente para os visitantes, almoço e jantar comunitários, passeio pedestre, passeio de automóveis clássicos e desportivos e concertos com diversas sonoridades, e um DJ, o Gaiteirinho, a misturar as batidas modernas com a gaita-de-foles, típica desta aldeia.
Era ao som da gaita-de-foles que antigamente se faziam os bailes nos terreiros e currais, que a organização do festival vai reproduzir nesta edição em que, à semelhança do que aconteceu no primeiro ano, são esperados festivaleiros da região e de outras zonas do país, nomeadamente do Porto e Braga.
A Câmara Municipal de Bragança apoia o festival, como disse o vereador Miguel Abrunhosa, financeiramente com 2.500 euros e também na logística.
O município elaborou um plano de segurança com a criação de um espaço para estacionamento de viaturas, depois de “alguns constrangimentos” na primeira edição.
O festival homenageia mais uma vez o gaiteiro Juan Prieto Ximeno, dando a conhecer a importância deste nome que é uma referência na zona da lombada, em Bragança, e “procurando perpetuar o seu legado e trabalho musical.
Vários músicos e grupos de gaiteiros de Portugal e de Espanha vão atuar no festival com inspirados no trabalho de Ximeno.
A animação musical conta com nomes como Yvette Band, Tejedor, Zingarus, e DJ.
O evento abre com a apresentação do livro “Cancioneiro da Gaita-de-Foles” e reserva ainda outras atividades como canoagem no rio que atravessa e dá nome à aldeia ou voos de balão de ar quente.