A campanha da União Europeia, promovida por uma associação portuguesa e uma espanhola, para incentivar o consumo de carne de coelho na península Ibérica, até 2020, arranca esta quinta-feira e conta com um financiamento de quase cinco milhões de euros
O consumo de carne de coelho na península Ibérica “caiu 16% em pouco mais de 10 anos, tendo passado de 78.100 toneladas por ano para 65.600 toneladas”, de acordo com informação disponibilizada à Lusa pela Associação Portuguesa de Cunicultura (ASPOC).
A União Europeia atribuiu 4.819.859,08 euros ao projeto – dos quais 1.043.068,36 euros vão ser aplicados em Portugal e os restantes 3.770.903,05 euros em Espanha – e o presidente da ASPOC, Firmino Sousa, disse à agência Lusa que a União Europeia “está a apoiar pela primeira vez o consumo de uma carne”, com o objetivo de reintroduzir esta carne “na dieta mediterrânica”.
“Já apoiaram o [consumo] azeite, vegetais e frutas, mas é a primeira vez que apoiam uma carne, por ser branca, por ter excelentes propriedades nutricionais”, vincou Firmino Sousa.
A campanha é apresentada esta quinta-feira na Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa e o presidente da Associação Portuguesa de Cunicultura explicou que no país vizinho já começou em 09 de maio, estando a ser feita “em conjunto com a ‘Organizacion Interprofisional Cunicola’ (INTERCUN)”.
“Esperamos um impacto substancial em termos das preferências do consumidor”, considerou o presidente da ASPOC, elencando que a iniciativa quer “colocar a carne de coelho no cabaz das famílias” e também atrair os consumidores de “uma classe mais jovem e urbana”, que não conhecem “os benefícios da carne de coelho”.