A Sociedade Central de Cervejas e Bebidas (SCC) apresentou uma exposição comemorativa dos 50 anos da Cervejeira de Vialonga, inaugurada a 22 de junho de 1968. No dia em que comemorou meio século na Vialonga. Presentes muitos convidados, autoridades civis, militares e religiosas o Presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira Alberto Mesquita, vereadores, accionistas, trabalhadores, autoridades civis e militares e religiosas, num ambiente de festa e de orgulho por uma marca que nos remete para portugalidade no mundo.
Esta nova cervejeira representou, na altura, um investimento de 360 mil contos e tinha capacidade para produzir 110 milhões de litros de cerveja. Passado 50 anos a capacidade da cervejeira é de 320 milhões de litros.
Considerada, na época, como atestam artigos do New York Times e do Herald Tribune, como uma das mais avançadas cervejeiras do Mundo, a Cervejeira de Vialonga foi um projeto do arquiteto Eduardo Iglésias. A fachada maior e os pavimentos a preto e branco no interior da Cervejeira são da autoria de Eduardo Nery, artista plástico português, e ainda hoje são admiradas por especialistas nacionais e internacionais. O edifício da Cervejeira Vialonga é um ícone da Arquitectura Industrial da década de sessenta, do século passado.
A exposição hoje inaugurada apresenta imagens, factos e notícias da época, bem como testemunhos de colaboradores e estará patente até final de outubro, podendo ser visitada por todos aqueles que visitem a Cervejeira de Vialonga, que também conta com um núcleo museológico, que retrata da história do sector Cervejeiro Português e único no nosso País!
Recordando a sua génese!
Nuno Ribeiro Pinto de Magalhães – Diretor de comunicação e de relações institucionais da Sociedade central de cervejas e bebidas deu as boas vindas aos convidados e nas suas palavras, após a a inauguração da exposição referiu ” celebramos hoje dia 22 de Junho, precisamente a esta hora ás 16h00, os cinquenta anos da inauguração desta cervejeira, em 1968; e exactamente no mesmo dia em que a Central de Cervejas celebra os 84 anos, desde a sua fundação.
O gestor francês François-Xavier, presidente executivo (CEO) da Sociedade Central de Cervejas, fabricante da Sagres e engarrafadora da água do Luso, nas sua palavras, pediu uma salva de palmas a todos com Nuno Pinto de Magalhães
O dia 22 de Junho é emblemático para nós- inauguramos Vialonga e foi constituída a Sociedade Central de Cervejas. A Sociedade Central de Cervejas e Bebidas fundada em 1934, resultou da fusão de três empresas, independentes que concorriam em Lisboa- a Companhia Produtora de Malte e Cerveja Portugália; a Cª de Cerveja Estrela, a Cª de Cerveja Jansen a que se juntou ainda uma 4ª empresa- a Cª de Cervejas de Coimbra. Esta fusão, teve a sua génese, para além da necessidade de ganhar massa critica e sinergias no mercado de Lisboa, a vontade de criar uma marca de cervejas comum, que resultou no lançamento da SAGRES em 1940 e, a visão da criação de uma unidade cervejeira, que permitisse a desactivação das 3 unidades originais, respectivamente na Avenida Almirante Reis; na Avenida Sacadura Cabral e na Rua do Alecrim. Nasce assim a cervejeira na Vialonga- cujas terraplanagens se iniciaram em 1966.
Inauguração da Exposição
Este projecto desde logo ambicioso, tal forma que passados 50 anos mantém praticamente a sua estrutura original, num perímetro de 35 hectares, foi considerado na altura, como uma das maiores e mais modernas cervejeiras do Mundo, aliás alvo de referencia nos jornais Herald Tribune e New York Times. Com um investimento inicial de 360 mil contos, tinha uma capacidade de produção para 110 milhões de litros de cerveja e, contava com 570 trabalhadores. Hoje a cervejeira de Vialonga tem uma capacidade de produção para 320 milhões de litros e, trabalham connosco na área de operação de Vialonga, cerca de 400 colaboradores. Costumamos referir que os fundadores de Vialonga, eram pessoas de grande visão e que perspectivavam o futuro. Apesar da modernização que foi ocorrendo, ao longo destes 50 anos, a cervejeira mantém praticamente o seu lay out inicial e, integrou mais tarde em 1995, os serviços centrais e administrativos, que funcionavam na Almirante Reis. Salientar também a responsabilidade social que teve no início, reflectida na disponibilização aos seus colaboradores de um refeitório, de um posto médico, medicina clínica e curativa, mais tarde complementando com estomatologia e fisoterapia”
Presidente Câmara Vila Franca de Xira, o CEO da SAGRES e o representante dos administradores (fotos António Freitas/MP)
De seguida foram todos convidados a conhecer a história desta marca de cervejas, através de uma exposição que retrata a diferente épocas.
Visitada a exposição os cerca de 80 convidados deslocaram-se para uma das entradas principais do edifício onde foi descerrada pelo administrador da SAGRES, juntamente com o presidente da câmara de Vila Franca de Xira e do representante dos antigos accionistas uma placa alusiva. Ao som da orquestra da Vialonga, um projecto da SAGRES para com jovens músicos do concelho que em vez de andarem na rua aprendem o ensino artístico, Nuno Pinto de Magalhães focou e bem o contributo e impacto da Central de Cervejas, no país e nas Comunidades para onde é exportada, quer ao nível da inovação, do investimento, da empregabilidade, da promoção da agricultura nacional, da preocupação com os pilares da sustentabilidade e do consumo da área responsável e ainda do seu papel exportador, da sua ligação á cultura, desporto e lazer e dia identificação com a sua identidade portuguesa, sendo a cerveja SAGRES disso exemplo. Foi homenageado como referiu “ o ativo mais importante das organizações” – AS PESSOAS, e salientou “ e nelas incluo os seus fundadores, os sucessivos accionistas, todos os colaboradores, os nossos parceiros de negócio, os nossos fornecedores e a nossa razão de ser os clientes e os consumidores. “ Foi focado o grande obreiro da cervejeira Caetano Barão da Veiga e os colegas que desde o inicio estão na empresa e que são vários – e cujos quadros estão pintados e constam expostos no hall: Alcino Carvalho dos barris, Daniela Fraga da serralharia, Albertino Marques do CO2, Eugénio de Jesus da electricidade e Joaquim André da Manutenção Geral”
(Texto e Fotos António Freitas/MP)