“Nascido em Lisboa em 1699, na atual rua de O Século, Conde de Oeiras em 1759 e Marquês de Pombal em 1769, Sebastião José de Carvalho e Melo, quando em 1777 deixou as funções governativas, retirou-se para Pombal, onde vivera alguns anos durante a sua juventude, em casa de um seu tio”
Voltei recentemente a Pombal e fui conhecer as novas instalações do Museu Marquês de Pombal, que anteriormente visitara no edifício dos Paços do Concelho. Mas não foi só no “seu” museu que fui ao encontro de Sebastião José de Carvalho e Melo.
Na praça com o seu nome, onde agora se encontra o museu, na designada “Casa do Marquês” e no Jardim do Cardal igualmente está presente o restaurador de Lisboa.
Os passos pedestres pela Rota Pombalina “contemplam um olhar” sobre todos os locais de interesse relacionados com a destacada personalidade que ali faleceu e teve uma primeira sepultura.
Foi a então vila de Pombal que em 1907 ergueu no jardim central o primeiro monumento em memória do primeiro-ministro do rei D. José I, no 125º aniversário do seu falecimento. Com um pedestal condigno, é um busto da autoria de Ernesto Korrodi, arquiteto suíço que se fixara em Leiria, deixando inúmeras obras no nosso país.
Na vizinha e magnífica Igreja de Nossa Senhora do Cardal, numa placa existente numa capela lateral, lê-se: “Aqui estiveram depositados os restos mortais do grande Marquês de Pombal, Sebastião José de Carvalho e Melo, desde 1782 até 1856 ano em que foram trasladados para Lisboa pelo seu quarto sucessor”.

“Nascido em Lisboa em 1699, Sebastião José de Carvalho e Melo, quando em 1777 deixou as funções governativas, retirou-se para Pombal, onde vivera alguns anos durante a sua juventude, em casa de um seu tio”
Nascido em Lisboa em 1699, na atual rua de O Século, Conde de Oeiras em 1759 e Marquês de Pombal em 1769, Sebastião José de Carvalho e Melo, quando em 1777 deixou as funções governativas, retirou-se para Pombal, onde vivera alguns anos durante a sua juventude, em casa de um seu tio.
Falecido em 8 de maio de 1782, e quando da citada trasladação para Lisboa, os seus restos mortais recolheram à Igreja das Mercês, ao Bairro Alto, onde se processara o batismo, ali se mantendo até 1923.
A última morada do Marquês de Pombal veio então ser, desde aquele ano, a histórica Igreja da Memória, na Ajuda, “cuja construção está intimamente ligada à história política da sua época”, como consta num historial patente ao visitante.
O Museu Marquês de Pombal teve origem numa coleção de um antiquário pombalense que doou à autarquia o fruto do seu trabalho.
Aberto ao público no piso térreo do edifício dos Paços do Concelho em 1982, quando da comemoração do bicentenário da morte do notável homem público, o Museu Marquês de Pombal constituiu “uma justa homenagem ao eminente estadista, testemunho e ímpar na cultura portuguesa do século XVIII”.
Renovado e reorganizado em 1999, por ocasião do terceiro centenário do nascimento de Sebastião José de Carvalho e Melo, quando se realizou em Pombal um Congresso Internacional, foi o Museu transferido em julho de 2004 para o antigo edifício da cadeia, que passou a designar-se Cadeia Velha e, uma vez adaptado ao fim em vista, beneficiou grandemente a apresentação de todo o valioso espólio.
Documentando a vida e obra de Sebastião José de Carvalho e Melo, o Museu apresenta um núcleo bibliográfico em que o livro mais antigo data de 1717.
Através de uma coleção de quadros e gravuras visualiza-se a história com os principais acontecimentos do século XVIII.
Bem evocador, o mobiliário da época. Também patente, como nas anteriores instalações, o caixão de cedro que guardou os restos mortais do Marquês de Pombal, vandalizados em 1811 pelos invasores franceses.
Como se refere num bem elaborado desdobrável ilustrado, este Museu “tem como objetivo a divulgação de uma época, potencializando simultaneamente os valores históricos, culturais e socioeconómicos, num compromisso permanente entre o passado e o presente”.
Enquanto em Lisboa o Marquês de Pombal tem uma estátua monumental inaugurada em 1934, encimada pela sua figura e um “símbolo do poderio e da força”, em Londres, a casa onde viveu como embaixador de Portugal ostenta uma placa alusiva ao facto.
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