Fernando Manuel da Costa Santos nasceu em Lisboa a 10 de outubro de 1954.
Apaixonado pelo futebol, foi atleta júnior no SL Benfica mas fixou-se como jogador de primeira linha no papel de defesa do Estoril-Praia. Jogou também no Marítimo, tendo posteriormente regressado ao Estoril-Praia.
Fernando Santos queria abraçar a carreira profissional de futebolista mas o pai impôs uma condição: teria de prosseguir os estudos.
Assim, sem nunca deixar para trás a carreira de jogador, estudou Engenharia Eletrónica e de Telecomunicações, acabando por formar-se em 1977, no ISEL.
Vem daqui o cognome “Engenheiro” por que é conhecido.
Em 1987 não resistiu ao apelo do Estoril Praia para assumir a tempo inteiro o comando técnico da equipa.
Ao longo de sete temporadas, com duas subidas de divisão incluídas, brilhou e despertou a atenção do Estrela da Amadora, então na Primeira Divisão Nacional.
Entre 1994 e 1998 treinou na Reboleira, tendo alcançado a melhor classificação do clube na Liga, um sétimo lugar.
Em 1998 foi contratado por Pinto da Costa para o banco do FC Porto tendo conquistado o título de campeão nacional logo na primeira época, naquele que foi o quinto título consecutivo dos dragões e o eternizou como “Engenheiro do Penta”. Nos Dragões, conquistou ainda duas Taças de Portugal e duas Supertaças Cândido de Oliveira.
Em 2001 deixou a cidade do Porto e rumou ao AEK de Atenas, ao serviço do qual conquistou a Taça da Grécia e o segundo lugar no campeonato, em igualdade pontual com o campeão Olympiakos.
Treinador em três “grandes”
Na temporada seguinte mudou-se para o Panathinaikos e em 2003/2004 regressou a Portugal para treinar o Sporting, tendo permanecido em Alvalade uma temporada. Regressou novamente à Grécia e ao AEK, clube que ao cabo de dois anos recolocou na Liga dos Campeões.
Em 2006/2007 mais um feito: tornou-se no primeiro treinador português a orientar os três “grandes”, ao ingressar no Benfica. Antes dele só o chileno Fernando Riera e o brasileiro Otto Glória. Posteriormente, Jesualdo Ferreira igualou o registo.
Permaneceu apenas uma época na Luz antes de retornar à Grécia, desta feita para um período de três anos no PAOK Salónica.
O trabalho destas três temporadas, nomeadamente o segundo lugar em 2010 e o consequente apuramento para a terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões, abriram a Fernando Santos as portas da seleção grega, sucedendo ao campeão europeu Otto Rehhagel.
Mais uma vez o sucesso: apurou a Grécia para o Euro-2012 e o Mundial-2014, tendo em ambos os casos ultrapassado a fase de grupos.
Ainda antes do Campeonato do Mundo disputado no Brasil anunciou que abandonaria os comandos da seleção helénica, por considerar que estava cumprido um ciclo na sua carreira de treinador.
Em 2014, o treinador Fernando Santos garantiu que Portugal vai conseguir qualificar-se para a fase final do Europeu de futebol, durante a sua apresentação como novo selecionador nacional, um “sonho” que se concretizou. “É uma honra e um orgulho servir o meu país. É algo que sempre sonhei e eu aqui estou a concretizar” disse na altura.
Dois anos depois, em 2016, levou Portugal ao seu primeiro título europeu, depois de um percurso de um ano e nove meses sem qualquer derrota em jogos oficiais.