A Feira Internacional do Artesanato está de regresso de 23 de junho e 1 de julho, em Lisboa para dar a conhecedr e a adquirir peças de artesanato únicas, de todas as regiões do país.
A Feira Internacional do Artesanato (FIA) é um dos acontecimentos mais emblemáticos e apreciados pelo público em geral,” onde os visitantes terão a oportunidade de degustar inúmeros sabores, entrar nas danças e tradições dos quatro cantos do mundo e apreciar o que de mais rico e emblemático temos no nosso país”, apresenta a organização.
Este ano a FIA conta com uma exposição de peças originais de três criadores nacionais: Joana Vasconcelos, Filipe Faísca e Nuno Gama.
O artesanato português estará representado de Norte a Sul do país, passando pelas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, com peças de artesanato únicas.
“Começando a Norte encontramos o famoso galo de Barcelos, e toda a olaria tosca, colorida e caricaturista da região, as rendas de bilros e as camisolas à poveiro de Vila do Conde, os lenços dos namorados de Vila Verde, a joalharia em filigrana em Viana do Castelo e barcos criados a partir de búzios da Póvoa do Varzim”, revela a organização.
As gaitas de foles e a capa de honra de Miranda do Douro, os coloridos caretos de Bragança e a minúcia dos bordados, os teares de linha e a olaria negra de Bisalhães (Vila Real), estarão também representados.
Da região Centro estará presente a original olaria, a faiança decorada em tons de castanho, azul e roxo, os trabalho de cestaria e latoaria e também a tecelagem, que tem nesta região um grande valor artesanal, como provam as típicas mantas do Sardoal.
O Ribatejo é representado pelo artesanato em couro, a roupa e ainda os casacos de seda bordada dos cavaleiros tauromáquicos elaborados em Coruche.
A arte chocalheira alentejana e a cerâmica dos Açores
Do Alentejo estarão presentes o artesanato em cortiça, que se tornou matéria prima de design em quase todo o tipo de criações, incluindo calçado e acessórios, e os obrigatórios tapetes de Arraiolos. Não poderá faltar a arte da chocalheira, classificada como Património Cultural Imaterial da UNESCO.
Ainda do Alentejo reconhecidas são as pinturas, tanto no típico mobiliário com temas florais e como na cerâmica, como a louça de barro pintada e vidrada que se estende num estilo semelhante até ao Algarve. A região mais a Sul do país vai brindar os visitantes também com os linhos, as passadeiras o e as mantas.
Da Região Autónoma dos Açores é a madeira a matéria utilizada para os mais diversos trabalhos relacionados com o mar, assim como as escamas de peixe, ossos e dentes de baleia, barro e folhas de milho, que em conjunto fazem recriações extraordinárias de registos de presépios e aldeias.
É ainda famosa a cerâmica colorida da Lagoa e os objetos feitos em osso de baleia no Pico e Faial, símbolos tradicionais do artesanato açoreano.
Da Madeira são os bordados, que combinam motivos florais e figuras geométricas, as tapeçarias e os vimes.
E, à semelhança des edições anteriores, este ano o “mundo vastíssimo da gastronomia que em todo o Mundo dá cartas” vai marcar presença na FIL.
Este ano, a Feira Internacional do Artesanato reúne mais de 40 países e 600 expositores, 220 deles estrangeiros, dos cinco continentes, entre eles empresas, artesãos nacionais e internacionais, entidades ligadas ao desenvolvimento rural, regional e agentes na área da gastronomia artesanal, tradicional e restauração.
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