A Marinha Portuguesa reforçar os meios nos Açores. Até haver mais navios, esse reforço será feito através de “um dispositivo mais flutuante”, revelou o Chefe do Estado-Maior da Armada.
“Os Açores serão um dos locais onde haverá sempre dois navios. E, logo que a Marinha tenha essa possibilidade, mesmo que ainda não estejam os dez (navios) construídos, esse será um objetivo de reforçar a presença na região”, garantiu António Mendes Calado
o Chefe do Estado-Maior da Armada e Autoridade Marítima Nacional disse ainda que enquanto isto não acontecer, a Marinha vai ter um dispositivo mais flutuante que “reforçará de forma aleatória e imprevisível os meios que tem” no arquipélago.
O Chefe do Estado-Maior da Armada falava aos jornalistas, em Ponta Delgada, ilha de São Miguel, após uma audiência com o presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro.
Atualmente, e segundo explicou, um dos dois navios “ainda não está em permanência”, já que reforça sazonalmente o dispositivo na região, mas a Marinha tem “em curso o processo de aquisição de mais um dos navios patrulha oceânicos que vai ser entregue no próximo dia 06 de julho”.
“Um quarto navio chegará à Marinha em janeiro e estamos em processo negocial e à espera de decisão política para um contrato de construção de mais seis navios destes de forma a completar os dez, aprovados pela tutela e pelo Governo” da República, referiu ainda.
Posição do arquipélago é importante
António Mendes Calado salientou que, logo que a Marinha tenha mais aqueles meios, “os Açores serão um dos locais onde haverá sempre dois navios”.
Mas, “mesmo que ainda não estejam os dez construídos, esse será um objetivo do atual Chefe de Estado Maior da Armada de reforçar a presença da Marinha nos Açores” com “um dispositivo mais flutuante que reforçará de forma aleatória e imprevisível os meios para gerar maior capacidade de proteção” e “ser mais dissuasora de atividades” que se pretende que não se desenvolvam.
O Chefe do Estado-Maior da Armada assegurou, no entanto, que “não há nenhuma mensagem de preocupação”, mas sim de “cautela”.
Mendes Calado salientou ainda que a importância da posição do arquipélago, no meio do Oceano Atlântico, “o que representa muito para a Marinha em termos não só de proteção deste espaço no futuro, mas também de conhecimento científico”.
“Temos tido um reforço da presença dos nossos navios científicos nos mares dos Açores no sentido de conhecermos melhor a nossa plataforma continental na zona da região”, frisou.
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