A cereja é o símbolo de Alfândega da Fé e o motivo de mais uma festa com novidades na cultura e à mesa do concelho transmontano onde se espera “uma boa campanha”, divulgou a organização. O fruto tardou a ficar vermelho, devidos às condições do tempo, mas não vai faltar no fim de semana de 08 a 10 de junho, como garantiu Eduardo Tavares, vice-presidente do Câmara promotora do evento há 36 anos e que nesta edição promete novidades.
A festa é também feira com a disposição e apresentação das atividades e produtores “de forma mais apelativa” em zonas temáticas para ganharem visibilidade e as tasquinhas a fazerem o lançamento de uma nova iniciativa local, a “Alfândega da Fé à Mesa”.
A aposta do município é “dinamizar” a restauração local com um modelo que dê “aos restaurantes mais qualidade na forma como apresentam os pratos regionais” e que vai ser testado nas cinco tasquinhas presentes na festa da cereja.
A cereja está presente na gastronomia local e é um dos produtos agrícolas da economia do concelho que espera este ano uma campanha com fruto “de boa qualidade.
A maturação está atrasada, mas, como contou Eduardo Tavares, a apanha já começou e está garantida a cereja na festa, quer através da cooperativa de agricultores, quer dos seis produtores que vão estar presentes.
O autarca não fala em quantidades, justificando que “nos últimos seis/oito anos, a área caiu” porque houve necessidade de replantar pomares e remodelar o setor fruto do plano de revitalização.
O mesmo plano que, como indicou, permitiu a chegada de jovens produtores ao concelho com a disponibilização de terras por parte do município. Este ano já será possível provar cereja deste projeto, já que um desses jovens vai estar presente na festa com a primeira colheita nos 10 hectares de terrenos que negociou com a autarquia local.
Além da cereja, os visitantes, podem apreciar produtos regionais como o queijo e enchidos, azeite, frutos secos, doces e compotas tradicionais, vinhos e turismo que vão estar em destaque na Tenda com 2100 metros quadrados.
Nos restaurantes e tasquinhas destacam-se pratos típicos, como a Sopa das Cegadas, o Cabrito, o Cordeiro e as sobremesas com cerejas, com o “chef” de cozinha Marco Gomes a acompanhar a restauração durante os três dias.
As noites serão animadas por espetáculos como os de Virgul e Carminho e a cultura estará em destaque com duas novidades.
A Festa da Cereja será aproveitada pelo município para o lançamento do polo de Alfândega da Fé da Bienal de Cerveira e a apresentação do projeto “O Teatro e as Serras – Polo de Criação da Serra de Bornes”, vencedor do Orçamento Participativo de Portugal.
Pelo quarto ano consecutivo, decorre em simultâneo o Encontro de Pastores, a 09 de junho, onde são postas a concurso a Cabra Serrana e a Ovelha Churra da Terra Quente.
No último dia, há também desporto, com a segunda edição da Meia Maratona da Cereja, uma prova que, segundo a autarquia “foi pioneira no distrito de Bragança e “que se pretende afirmar no mapa do atletismo nacional”.
A edição de 2018, com um percurso que alia património histórico às cores dos pomares de cereja, tem início junto ao recinto municipal de Feiras e compreende a Meia Maratona, de 21 quilómetros, e uma caminhada não competitiva de oito quilómetros.