Investidores franceses avançaram com um projeto de construção de 40 moradias ecológicas situadas num condomínio com 238 hectares, em Monsanto, Idanha-a-Nova, cujo investimento irá situar-se entre os quatro e os cinco milhões de euros, foi anunciado.
“O projeto já arrancou. Neste momento, estão a ser feitas as infraestruturas básicas num terreno de 238 hectares, na Herdade do Carvalhal, próximo de Monsanto”, afirmou à agência Lusa o presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto. O projeto “Monsanto Verde”, que foi recentemente apresentado inclui a construção de 40 casas bioclimáticas, cujos lotes terão uma área mínima de três hectares cada. O autarca realça a importância deste investimento para Idanha-a-Nova e sublinha que a escolha dos investidores recaiu neste concelho do distrito de Castelo Branco devido à estratégia e à aposta que o município tem feito na economia verde. “A nossa estratégia foi fundamental para a decisão dos investidores em optarem por Idanha-a-Nova. Além disso, o posicionamento da vila em relação a Lisboa, Porto e Madrid, também pesou na decisão”, disse. Armindo Jacinto sublinhou ainda que Idanha-a-Nova é o primeiro município português a integrar a Rede Internacional Bio Regiões e o projeto está situado em pleno Geopark Naturtejo da UNESCO. O “Monsanto Verde” visa integrar todas as componentes do desenvolvimento sustentável, nomeadamente a economia colaborativa, funcional, social, circular e ecológica. O objetivo passa por criar um espaço social, ecológico e economicamente responsável que se venha a assumir como o empreendimento de desenvolvimento sustentável mais completo até hoje em Portugal. As casas vão ser construídas com base numa arquitetura moderna, utilizando materiais tradicionais da região, como a madeira e as pedras. Vão ser equipadas com as mais recentes tecnologias para a geração e armazenamento de energias renováveis, condicionamento de ar natural e reciclagem de resíduos e efluentes, combinando o antigo ‘know-how’ com as mais recentes tecnologias digitais.