A campanha da cereja no Fundão vai começar este ano com duas a três semanas de atraso
Devido às condições climatéricas atípicas de março, refere o presidente da Cerfundão, José Pinto Castello Branco organização de produtores da Cova da Beira. “Há efetivamente um atraso de duas a três semanas e mesmo a sul da Gardunha [onde as cerejas amadurecem mais cedo] ainda temos pomares em flor, ou seja, o processo de vingamento ainda nem se iniciou”.
Ao Fundão deslocam-se muitos apreciadores de cereja ( foto António Freitas)
Tal como lembrou, em 2017, por esta altura, já se colhiam as primeiras cerejas, mas este ano a entrada tardia da primavera e a chuva constante que se verificou ao longo do mês de março e início do abril acabaram por atrasar o amadurecimento do fruto. “Os ciclos de produção estão efetivamente muito atrasados e continuamos a depender das condições climatéricas para que tudo corra dentro da normalidade, mas se não tivermos mais percalços as primeiras colheitas devem começar esta semana, lembrando que, em 2017, a 26 de abril já havia cerejas colhidas. Está assim a chegar a hora, para que as cerejas do Fundão cheguem com a qualidade que as distinguem. O Fundão, no distrito de Castelo Branco, tem atualmente entre 2.000 a 2.500 hectares de pomares de cerejeiras, área que tem vindo a crescer todos os anos e que leva que este concelho seja considerado uma das maiores zonas de produção de cereja a nível nacional. De acordo com um levantamento feito pela autarquia, a fileira da produção de cereja neste concelho, já representa mais de 20 milhões de euros por ano na economia local e daqui são exportadas para a Europa e outros países, umas das melhores cerejas do mundo.
António Freitas