A Transitex é um operador logístico global especializado no transporte porta-a-porta, com escritórios e equipas próprios em 21 países.
Pretende potenciar sempre a internacionalização dos seus clientes e criar parcerias estáveis e duradouras, como sublinhou Fernando Lima, CEO da Transitex e sócio da mesma. O administrador da Transitex explica que o operador logístico Ibérico assume como característica diferenciadora, a “solução chave na mão, um preço único para o cliente, bem como a proximidade ao mesmo, flexibilização dos serviços prestados”.
Uma empresa transitária que não está há tantos anos quanto isso em Portugal já que ao que sabemos nasceu em Badajoz.
Abrimos a empresa em Espanha em 2002, o objectivo inicial era alargar os horizontes do porto de Lisboa, trazendo mais carga do lado espanhol. Esta pequena actividade foi crescendo e deslocamo-nos. Pode-se dizer que somos uma empresa com centro de decisão em Lisboa, de inspiração portuguesa, mas iniciámos a actividade em Espanha e o processo de internacionalização começou precisamente avançando para Portugal.
E com êxito…
Com muito êxito para uma empresa portuguesa, ou melhor Ibérica. Isto porque pensamos a logística e o transporte de uma forma global, assegurando o serviço e ainda a entrega da carga “porta-a-porta”. Sendo a mesma empresa a estar dos dois lados da equação.
Ou seja uma solução global para o cliente?
O objectivo da nossa oferta é “ oferta chave na mão”, tudo incluído, um preço único para o cliente, só ter um interlocutor e assegurando todos os passos do transporte, sejam eles de ordem burocrática ou jurídica. Qualquer aspeto relacionado com o transporte, ou originado pelo transporte, estamos neste momento capacitados para o resolver.
A vossa cobertura é praticamente mundial?
A nossa cobertura é mundial. Focamo-nos mais, ou temos maior presença física, nos mercados onde podemos fazer a diferença. No Hemisfério Norte, para o envio de carga por exemplo para a Alemanha ou Inglaterra, ter alguém da Transitex a “dar a cara” e a assegurar o contacto com o importador não é tão relevante como ter alguém na Tanzânia, ou no Perú, que garante que a mercadoria é entregue e estabelece os contactos no destino. Fazemos o transporte de todo o tipo de carga, exceto courier. Neste momento, o que estamos a fazer, que digamos é uma novidade relativamente aos primeiros 15 anos da nossa actividade e que tem sido agora o nosso foco, é o serviço logístico de carga LCL. Com o network existente, temos capacidade para juntar em Portugal carga de Espanha, de Itália, da Turquia, agrupá-la aqui e enviá-la para o destino final.
A dimensão do mercado, a falta de massa critica, faz com que seja habitual a carga portuguesa ir fazer volume com carga de outros países. Nós estamos a fazer o inverso, estamos a trazer carga para juntar à nossa, ou seja, os contentores saírem de um porto nacional já completos.
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Ou seja o cliente pode enviar uma pequena quantidade, por exemplo mil quilos…
O cliente pode mandar 100 kg, é o que estamos a fazer nestes mercados onde somos fortes – na América Latina e na África Austral – em que estamos a permitir aos clientes entrar nestes mercados com um serviço competitivo e fiável, com uma operação integrada e controlada, o que lhes permite desenvolver o negócio.
Sem transportes não há exportações nem importações, é um facto
Exactamente. Nós orgulhamo-nos de ser um parceiro de referência das empresas portuguesas exportadoras e de fazer parte deste boom que foram as exportações portuguesas nos últimos anos. Gostamos de pensar que crescemos graças às exportações portuguesas, mas que também ajudámos as empresas portuguesas a crescer.
Recuando 15 anos atrás, nessa altura havia uma grande lacuna de empresas transitárias a operar em Portugal
O mercado exportador português continua a caracterizar-se por pequenas e médias empresas e não faz sentido que cada empresa tenha um departamento logístico para tratar das suas exportações. Como o acesso à atividade de transitário é extremamente fácil, existe um numero crescente de empresas que apoiam com o seu know how e dedicação o trabalho das empresas exportadoras. A margem deixada por esta atividade é muito baixa e a única forma de acrescentar valor é esta presença global que temos, bem como o facto de termos atingido um volume que nos dá capacidade negocial e torna numa mais valia para os exportadores, sem lhes encarecer o produto final. Fechámos 2017 com 97.000 TEUs transportados (o equivalente a contentores de 20 pés) e pela primeira vez ultrapassámos os 100 milhões de euros de facturação.
Portugal a nível do agro-alimentar tem boas capacidades de exportação e nada melhor que colocar a esta questão a quem faz o transporte
Sim. O que é que se passa com as exportações portuguesas, voltando á dimensão do país? Durante muito tempo as empresas estavam quase exclusivamente dedicadas ao mercado nacional. Para muitas delas, a exportação era o mercado da saudade alimentado pelas comunidades portuguesas nos diversos pontos do globo. Durante os anos de crise, em que baixou o consumo interno, as empresas sentiram uma necessidade muito grande de procurar outros mercados cuja exigência obrigou a que se modernizassem e se redimensionassem. O “Desafio das exportações” obriga a que as empresas definam o mercado alvo em função do produto e da sua própria dimensão. Não se pode entrar em mercados como a Rússia, por exemplo, para servir só uma loja ou um supermercado, tem que estar preparado para servir o que o mercado pede e muitas empresas estão a redimensionar-se em função dos mercados e dos objetivos traçados.
Voltando à sua questão, continua a haver espaço para as empresas crescerem e exportarem mais. Não podemos no agro-alimentar pensar em competir pela quantidade ou pelo preço, isso seria um erro, e contra mim falo porque fico com menos carga para transportar, mas tem que ser pela diferenciação apostando na qualidade, na promoção das marcas portuguesas em detrimento das marcas brancas, pela ação conjunta de todos os intervenientes no processo de promoção da marca Portugal. E é isso que o SISAB PORTUGAL faz todos os anos.
E falando no SISAB PORTUGAL a Transitex tem marcado presença…
Em 2018 estivemos presentes pela sétima vez consecutiva. Temos verificado nestas edições do SISAB PORTUGAL, com muita satisfação, que os importadores nos procuram porque já conhecem a marca Transitex dos seus países de origem. E quando chegam à feira já vêm com a informação prestada pelos nossos colegas relativa às cadeias logísticas existentes, de como é que o produto entra no país deles, quanto é que paga de impostos, como são as cadeias de distribuição, se existem limitações à importação, e nisso somos um facilitador para o cliente conseguir chegar com o produto ao destino final.
Como referi, a oferta da empresa é vasta, assegurando todos os passos do transporte, questões burocráticas inerentes e não raramente apoiando os nossos clientes em questões jurídicas relacionadas com a própria transação comercial.
O nosso objetivo é construir soluções logísticas fiáveis para qualquer ponto do globo.
O SISAB PORTUGAL tem tido um papel importante na nossa estratégia permitindo divulgar o serviço que prestamos junto de um numero crescente de empresas expositoras e visitantes contribuindo significativamente para o sucesso da nossa empresa.