Greve faz parar metade das viaturas do metro do Porto

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A greve dos trabalhadores da Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF) está a permitir a circulação de apenas metade das 72 veículos do metro do Porto existentes, garante fonte sindical.

Em declarações à agência Lusa, Paulo Milheiro, do Sindicato Nacional dos Trabalhadores Ferroviários (SNTF), disse que, por falta de manutenção, “dos 72 veículos existentes (no metro do Porto) estão a andar menos de 40”, sendo que, “no final do mês, provavelmente não haverá metro”.
“Os metros vão saindo de linha conforme as avarias e depois chegam às oficinas e não têm ninguém para fazer a manutenção”, explicou o dirigente sindical.
Contactada pela agência Lusa, fonte oficial da Metro do Porto confirmou que a greve na EMEF “tem provocado impacto na operação” da empresa, mas disse que, “em termos de capacidade, tem sido possível responder à procura”.
Segundo esclareceu, a frota da Metro do Porto é composta por 102 viaturas, já que aos 72 veículos do modelo ‘Eurotram’ se juntam 30 do modelo ‘tram train’, sendo que a paralisação nas oficinas do Norte da EMEF tem sobretudo afetado a operação atualmente em curso de revisão de frota dos 72 ‘Eurotram’.
De acordo com o dirigente do SNTF, as perturbações na circulação do Metro do Porto são ainda resultado da greve de três horas por turno que decorreu de 29 de março a 12 de abril nas oficinas de Guifões, em Matosinhos, mas a situação não chegará a normalizar porque está marcada nova paralisação, nos mesmos termos, de terça-feira até final do mês de abril, desta feita na duas oficinas da EMEF no Norte (Guifões e Contumil).
Antes disso, os trabalhadores das oficinas de Guifões e Contumil já tinham estado em greve entre 12 e 16 de março, estando atualmente em curso (desde o passado dia 07 até dia 22) uma outra greve nas oficinas dos Alfa pendulares em Contumil.

Aumentos salariais e subsídio de turno

De acordo com Paulo Milheiro, em causa estão aumentos salariais e a atualização do subsídio de turno, sendo a reivindicação base a atribuição aos trabalhadores da EMEF das “mesmas condições” de trabalho dos trabalhadores da Comboios de Portugal (CP).
“O acordo que fizeram na CP tem quer ser o mesmo (para a EMEF), porque esta empresa é 100% CP. As administrações e o Governo têm que perceber que estamos a falar praticamente da mesma empresa e que as condições acordadas na CP têm que ser as mesmas na EMEF. É só isso, não é mais nada”, sustentou, acrescentando: “Enquanto não perceberem isso, naturalmente que os trabalhadores não podem ficar numa situação discriminatória”.
Atualmente os trabalhadores da EMEF recebem 48 euros por mês de subsídio de turno quando têm 24 horas de disponibilidade, o que, segundo o sindicato, corresponde a um terço do que outros profissionais recebem nas restantes empresas do setor.
Os trabalhadores também reivindicam o recrutamento de “pelo menos 40 a 50” novos funcionários para as oficinas, apontando que a faixa etária atual ronda os 50/60 anos e que desde 2004/2005 “não são realizadas integrações regulares na empresa”, o que leva à “dificuldade na passagem do testemunho”.
Segundo o sindicato, em todo o país existem cerca de dez oficinas da EMEF, num total que ultrapassa um milhar de funcionários, estando agendada uma greve parcial nacional nos dias 26 e 27 e em análise a realização de uma paralisação de um dia inteiro em maio.

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