Ao participar no programa da 23ª edição do EIT, que se vai realizar de 28 de Outubro a dia 1 de Novembro e que escolheu o Alentejo como região de eleição, fica a conhecer no primeiro dia, toda a zona histórica de Évora e os seus monumentos, como o Templo Romano de Évora; a Catedral, a Capela dos Ossos e a magnífica Praça do Giraldo.
Templo Romano de Évora
O Templo Romano, em Évora, é um dos mais grandiosos e mais bem preservados templos romanos de toda a Península Ibérica, tendo sido considerado Património Mundial pela UNESCO em 1986. É o ex-libris da cidade, uma espécie de cartão-de-visita, tão conhecido como a Capela dos Ossos. Sempre foi é é conhecido como Templo de Diana a deusa da Caça. Ainda hoje este monumento é conhecido como Templo de Diana por muitos portugueses e mesmo eborenses. A confusão explica-se, talvez, devido a uma lenda criada no século XVII que associava a construção do “Templo de Diana” em Évora em honra da deusa romana da caça.
A História viria a revelar que, na verdade, o Templo Romano de Évora foi erigido para prestar homenagem ao Imperador Augusto, venerado como um deus, fazendo parte daquilo que seria o fórum romano.
Foi modificado nos dois séculos que se seguiram (II e III d.C.) e destruído em parte no século V, aquando da invasão dos povos bárbaros. Com o passar dos séculos, o Templo foi sofrendo várias destruições e alterações na sua utilização prática. No século XIV, por exemplo, servia de casa-forte ao castelo da cidade de Évora. Mais tarde, foi modificado para servir de matadouro. Na segunda metade do século XIX foi alvo de uma grande restauração, cujo objetivo foi devolver-lhe o traçado original, a sua dignidade de monumento.
Finalmente, no século XX, aquando de novas escavações, foram encontrados vestígios de um pórtico que estaria rodeado por um espelho de água. Apesar de todas as modificações e destruições de que foi objeto, o Templo Romano de Évora mantém a sua planta original. Este majestoso monumento tem uma forma retangular. A base (o pódio), feita de grandes blocos de granito e com cerca de 3,5m de altura, está quase intacta. Este Templo constitui o que resta do forum da cidade de Évora, que uma tradição seiscentista considerou dedicado à deusa Diana mas que, na realidade, seria consagrado ao culto imperial. De linhas assumidamente clássicas, pertencente a uma tipologia que assistiu ao seu desenvolvimento especialmente no território.
Olhar para este Templo Romano, também conhecido como Templo de Diana, é como regressar ao passado e idealizar tempos que já lá vão. É um dos mais importantes marcos históricos de Évora, senão o mais importante, sendo também um dos mais visíveis símbolos da ocupação romana na cidade. De estilo coríntio, o templo romano foi construído no início do século I, d.C., e fica situado no centro histórico da cidade, mais precisamente, no Largo Conde de Vila Flor, próximo da Sé Catedral de Évora, da Biblioteca Pública de Évora, do Centro de Arte e Cultura Eugénio de Almeida, do Museu de Évora e da bela Pousada dos Lóios.
Colunas do Templo
Sobre a base do Templo Romano de Évora assentam ainda catorze das suas colunas coríntias originais. Muitas destas colunas ainda conservam os seus capitéis, feitos de mármore branco de Estremoz. O pavimento, que se crê ter sido revestido por mosaicos, desapareceu por completo. Atualmente, podemos ver o pódio, quase completo; a escadaria, em ruínas; no topo norte, seis colunas intactas, suportando ainda, apesar do rigor dos tempos passados, a arquitrave original; e nas laterais, mais sete colunas (quatro a este e três colunas completas a oeste).