Segundo o mais recente relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) aumentou o número de casos de doentes com sarampo.
“Até às 19 horas do dia 20 de março de 2018 foram reportados 168 casos suspeitos de sarampo, a maioria dos quais com ligação ao Hospital de Santo António, no Porto”, informa o relatório da DGS
Deste total, seis estão internados com situação clínica estável e a aguardar investigação laboratorial.
Dos 168 casos reportados, 62 foram confirmados pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge e 70 resultaram negativos, enquanto os restantes 36 casos aguardam resultado laboratorial, estando quatro internados, informa ainda a Direção-Geral da Saúde. Quanto aos casos confirmados, são todos doentes adultos, e um pertence à Região Centro com ligação ao surto que decorre na região Norte.
Necessidade de prevenção e controlo
A Direção-Geral da Saúde tem estado a alertar todas as unidades de saúde para o facto de estarem a ocorrer surtos de sarampo em vários países da Europa este ano, nomeadamente Grécia, Roménia, França e Itália. Recentemente também foi verificado um surto no Reino Unido.
Relembra ainda que a vacinação é a principal medida de prevenção contra esta doença.
Num comunicado divulgado no seu site, a sublinha que se aproxima a primavera e o verão, “período em que os movimentos internacionais de cidadãos são mais intensos e o risco de contrair a doença é maior”, e recomenda a todas as unidades de saúde que devem estar alerta para o diagnóstico precoce de casos de sarampo.
Relembra ainda que a Organização Mundial da Saúde exige um mínimo de 2/100.000 casos suspeitos de sarampo investigados e informados pelo laboratório de referência (Instituto Ricardo Jorge).
“Este critério terá de ser obrigatoriamente cumprido para se poder afirmar, com segurança, que estão a ser detetados todos os casos que surgem e que se atingiu o controlo total da transmissão em menos de 12 meses, dando provas desta situação aos avaliadores internos e externos, por forma a manter o estatuto da eliminação do sarampo em Portugal”, refere ainda no comunicado da Direção-Geral da Saúde.
Sobre o Programa Nacional de Vacinação, e à aplicação da vacina VASPR, a prioridade deve ser dada à vacinação atempada aos 12 meses e aos 5 anos de idade, “garantindo convocatória de todas as crianças com esquemas em atraso”.
Em 2017 o sarampo provocou 35 mortes na região europeia, incluindo um em Portugal.