As celebrações em Famalicão dos cem anos da Batalha de La Lys, na I Guerra Mundial, terão como ponto alto a inauguração de uma exposição, para a qual a autarquia está a pedir à população que empreste objetos de familiares que participaram no combate.
De Vila Nova de Famalicão partiram mais de 500 militares portugueses para combater na Batalha de La Lys, em França, na I Guerra Mundial.
A 9 de abril de 1918, mais de um milhar de portugueses perdeu a vida naquela que ficou conhecida como a Batalha de La Lys.
Cem anos passados, a Câmara Municipal de Famalicão vai homenagear estes soldados, cabos, sargentos e oficiais famalicenses que participaram no combate, considerado um dos maiores desastres militares da história de Portugal.
As comemorações do centenário da Batalha de La Lys decorrerão em Famalicão no dia 9 de abril e terão como ponto alto a inauguração da exposição ‘A I Grande Guerra e a sua repercussão em Vila Nova de Famalicão’, no Museu Bernardino Machado.
Para esta mostra a autarquia está a contar com o apoio da população e pede “a colaboração de familiares e amigos dos expedicionários naturais do concelho”, para que emprestem “fotografias, cartas, uniformes, entre outros objetos pessoais dos ex-combatentes para que venham a integrar a mostra”.
Os objetos deverão ser entregues até dia 23 de março, no Museu Bernardino Machado.
Entretanto, a Câmara Municipal já disponibilizou para consulta online, em www.vilanovadefamalicao.org, o nome dos mais de 500 expedicionários famalicenses que combateram na Batalha de La Lys.
O programa da celebração dos cem anos da Batalha de La Lys inclui ainda uma Guarda de Honra com militares do regimento de Braga, na Praça 9 de Abril, junto ao monumento de homenagem aos mortos na I Grande Guerra Mundial.
Segue-se depois a celebração de uma missa em honra dos ex-combatentes, na Antiga Igreja Matriz.
Recorde-se que Portugal entrou na Primeira Guerra Mundial em março de 1916 e sofreu uma das maiores derrotas militares de sempre na Batalha de La Lys, considerada por muitos como “a Alcácer Quibir do século XX”.
Este foi um dos mais sangrentos confrontos em que esteve envolvido o Corpo Expedicionário Português e dele resultaram 1341 mortos, 4626 feridos, 1932 desaparecidos e 7440 prisioneiros.