Em comunicado, a Polícia Judiciária (PJ) revela que foram detidos quatro homens e uma mulher, sendo dois advogados e um terceiro oficial de justiça, e constituídos vários arguidos no âmbito da Operação Lex.
Realizada pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC), decorreu no âmbito de um inquérito que corre termos no Supremo Tribunal de Justiça, coadjuvado pelo Departamento Central Investigação e Ação Penal.
“A Polícia Judiciária, através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC), realizou uma operação a nível nacional, tendente a confirmar a eventual prática dos crimes de corrupção, recebimento indevido de vantagem, branqueamento, tráfico de influências e fraude fiscal qualificada, no âmbito de um inquérito que corre termos no Supremo Tribunal de Justiça, coadjuvado pelo Departamento Central Investigação e Ação Penal”, informa o comunicado da PJ.
No decurso da operação foram realizadas trinta e três buscas, sendo vinte domiciliárias, três a escritórios de advogados, sete a empresas e três a postos de trabalho, acrescenta.
Vários órgãos de comunicação social dão conta que entre os arguidos estão os juízes desembargadores. Os restantes arguidos já conhecidos são o advogado José Santos Martins e o filho, o advogado Jorge Barroso, o oficial de justiça Otávio Correia e Figueira, mãe de uma filha de Rangel.
Luis Filipe Vieira será também arguido
Serão também arguidos Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica e Fernando Tavares, vice-presidente do Benfica com a pasta das modalidades.
O diário ‘online’ Observador avança que Luís Filipe Vieira é mesmo arguido e tem já termo de identidade e residência.
O jornal ‘Público’ refere que o juiz Rui Rangel é suspeito de vender, a troco de dinheiro, decisões judiciais, mas também de vender a sua influência no desfecho de processos judiciais que não estavam nas suas mãos, junto de outros colegas magistrados.
Fonte da PJ disse ontem à Lusa que as buscas realizadas incluíam a casa e o gabinete do juiz desembargador do Tribunal de Relação de Lisboa Rui Rangel, a SAD do Benfica, a casa do presidente do clube, Luís Filipe Vieira, assim como residências da ex-mulher de Rui Rangel, a juíza Fátima Galante, do advogado José Sousa Martins e do seu filho.
O advogado do Benfica, João Correia, afirmou à Lusa que as buscas realizadas na SAD do clube visaram documentos contabilísticos.
Rui Rangel e Fátima Galante terão se ser ouvidos no Supremo Tribunal de Justiça por serem juízes desembargadores.
Em outubro de 2016, o Conselho Superior de Magistratura instaurou um inquérito ao juiz desembargador Rui Rangel, no âmbito do processo “Rota do Atlântico”, depois de a Procuradoria ter também aberto uma investigação com origem numa certidão do processo “Rota do Atlântico”.
Este inquérito, segundo o Conselho Superior de Magistratura, ainda decorre.