Mais de 70 profissionais do INEM, apoiados por 36 meios de emergência, participaram nos trabalhos de socorro às vítimas do incêndio numa coletividade do concelho de Tondela, que originou no sábado oito mortos e 38 feridos, foi anunciado.
Em comunicado, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) afirma que, no sábado, após ter ativado a “sala de situação nacional”, na sequência do alerta recebido às 20:53, mobilizou 76 profissionais para Vila Nova da Rainha, naquele município do distrito de Viseu, entre médicos, enfermeiros, técnicos de emergência pré-hospitalar (TEPH), psicólogos, profissionais de logística e outros operacionais de diferentes entidades.
A ativação da “sala de situação nacional” é um recurso que permite ao instituto “garantir a atuação coordenada de todos os meios do INEM mobilizados para o local da ocorrência”, assegurando “uma estreita e imediata articulação com as restantes entidades envolvidas” nas operações de socorro.
“De acordo com a informação transmitida ao INEM, estariam no interior das instalações cerca de 70 pessoas, existindo a possibilidade de um número elevado de feridos”, refere.
Os profissionais mobilizados para o local da tragédia operacionalizaram os seguintes meios de emergência: três viaturas de intervenção em catástrofe, seis viaturas médicas de emergência e reanimação (VMER), dois helicópteros de emergência médica do INEM, dois helicópteros da Força Aérea Portuguesa (FAP), três ambulâncias de suporte imediato de vida (SIV), seis ambulâncias de emergência médica, seis ambulâncias do INEM sediadas em corpos de bombeiros e na Cruz Vermelha Portuguesa, quatro unidades móveis do INEM de intervenção psicológica em emergência e quatro veículos de apoio.
Segundo a nota, o dispositivo de emergência médica contou ainda com três médicos, cinco enfermeiros e um TEPH, que integraram as equipas médicas dos dois helicópteros da FAP em conjunto com dois médicos e três enfermeiros da Força Aérea, “resposta que evidencia a excecional articulação” entre as duas entidades públicas.
“Prestaram também assistência médica pré-hospitalar às vítimas desta ocorrência vários elementos dos parceiros do INEM no âmbito do Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM), corpos de bombeiros e Cruz Vermelha Portuguesa, com meios próprios”, adianta.
Estiveram também “empenhados na gestão direta desta ocorrência” o secretário de Estado adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, e o presidente do INEM, Luís Meira, “que se dirigiram imediatamente para o local da ocorrência”, além de outros dirigentes das estruturas do Ministério da Saúde.
“A assistência médica pré-hospitalar inicial às vítimas deste incêndio terminou cerca das 00:00 (domingo), registando-se oito mortos e 38 feridos, 26 dos quais urgentes e 12 não urgentes”, ainda segundo o INEM.
Os feridos foram transportados para as unidades hospitalares de Viseu e Tondela e para o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.
Posteriormente – “e depois de devidamente estabilizados no local e nas unidades hospitalares iniciais” – o INEM realizou o transporte secundário, entre unidades de saúde, de 17 feridos para as unidades de queimados e de cuidados intensivos dos hospitais de São João (3), Santo António (2) e Prelada (1), São Teotónio (6), Santa Maria (2), São Francisco Xavier (2) e Dona Estefânia (1).
O INEM elogia “o trabalho conjunto das várias entidades envolvidas” nas ações de socorro e na investigação ao desastre.
Através do seu gabinete de comunicação, apresenta “as mais sinceras e sentidas condolências” aos familiares e amigos das vítimas do incêndio, fazendo votos para que “todos os feridos possam recuperar bem e rapidamente”.