A história da fundação da Valente Marques funde-se com a história dos moinhos de água existentes em Oliveira de Azeméis há mais de dois séculos, onde famílias desenvolviam atividades no negócio do descasque de arroz.
Na década de 70, Valente Marques construiu a primeira unidade própria de produção de arroz em Ui e começou assim a história desta empresa e do arroz ‘Caçarola’ que conquistou o mercado português e se tornou o arroz de referência.
As ‘Crackies’ desenvolvidas com matéria-prima de origem 100% nacional, glúten free e baixas em calorias apareceram mais tarde, mas têm alavancado a empresa e conquistado o seu espaço num mercado cada vez mais competitivo, como conta, nesta entrevista, António Marques, presidente da Valente Marques,
Como surgiu a Valente Marques? Qual a história desta empresa?
A história da fundação da Valente Marques funde-se com a história dos moinhos de água existentes em Oliveira de Azeméis há mais de dois séculos onde famílias desenvolviam atividades no negócio do descasque de arroz e outros cereais. Na década de 70, Manuel Valente Marques constrói a primeira unidade própria de produção de arroz e começa assim, a história desta empresa e do arroz CAÇAROLA que conquistou o mercado português e se tornou o arroz de referência.
Ao longo destes 46 anos a Valente Marques tem acompanhado a evolução do mercado, e o profundo conhecimento que advém de tantos anos de experiencia, dá-nos as ferramentas que nos permitem crescer, inovar e oferecer aos nossos clientes produtos de alta qualidade, saudáveis e rigorosamente controlados.
Como é que nasceu a marca de arroz ‘Caçarola’?
A marca ‘Caçarola’ nasceu na altura em que lançámos o Arroz Vaporizado, em 1980. Era único e ainda hoje somos a única empresa em Portugal a fazer este tipo de arroz. Foi no ano em que inaugurámos a fábrica, foi um investimento muito significativo para este setor. Era preciso encontrar um nome para este tipo de arroz e assim surgiu a ‘Caçarola’. Mais tarde este nome acabou por dar origem á principal marca da empresa, que até então embalávamos arroz sob a designação de Valente Marques.
Quais os projetos futuros para a empresa?
Para além da constante modernização dos processos internos a nível da transformação do nosso principal produto, o Arroz, estamos a investir numa nova unidade produtiva de snacks saudáveis, as nossas “Crackies”.
Há seis anos, quando criámos a primeira unidade, éramos os únicos em Portugal e na ocasião prevíamos ter fábrica para os próximos dez a quinze anos. Felizmente, ao fim de três anos estávamos a adquirir mais máquinas e equipamentos e seis anos depois, estamos com a capacidade esgotada. Prevemos acabar de construir a nova unidade no início de 2018, com uma capacidade muito maior e tecnologia que nos vai permitir fazer novos formatos e alargar a gama de produtos a oferecer.
As ‘Crackies’ serão a grande aposta para 2018, um produto que entrou na moda, alavancado pela tendência de estilo de vida saudável e a preocupação cada vez maior dos consumidores em manter uma alimentação equilibrada, é uma área onde continuamos a crescer vendas.
Existem novos produtos?
A Caçarola lançou recentemente o Arroz Negro, originário da China, onde é conhecido como o arroz proibido, pois em tempos antigos o seu consumo estava reservado aos Imperadores. É um alimento com muito valor nutricional, rico em fibra, e uma fonte natural de ferro. Preparamo-nos para lançar o Arroz Carolino Vaporizado, de origem 100% Português, saboroso e altamente nutritivo, garante os melhores resultados mantendo-se sempre solto. Este arroz absorve os sabores que acrescentamos e por isso, é ideal para pratos como arroz de tomate, arroz de marisco e paelhas.
Na área das Crackies, 2018 irá trazer novos produtos com foco na alimentação Biológica e Saudável.
Nós somos um país autossuficiente em produção de arroz?
Não, nós só produzimos cerca de 50% do arroz que consumimos, o resto importamos. Para além de não termos área suficiente para produzir o arroz necessário, com a evolução do mercado começaram a surgir novas variedades de arroz, de diferentes culturas e origens, a que a Valente Marques chamou os “Sabores Exóticos”. São eles o arroz Basmati da India, o Thai Jasmim da Tailândia, Risotto Italiano, o Selvagem do Canadá, e o Negro da China.
Mas a Caçarola também já exporta arroz?
Sim, arroz e não só, exportamos praticamente toda a nossa gama, massas, legumes secos e cozidos e crackies. Estamos presentes em praticamente toda a Europa, no Canadá, nos Estados Unidos. Em África estamos presentes em Angola, Cabo Verde, Moçambique e São Tomé E Príncipe. E estamos a fazer o caminho das arábias com objetivo para os próximos anos de conseguir entrar nos principais mercados do Médio Oriente.