António Costa assinou o despacho para iniciar pagamento das indemnizações referentes às vítimas dos incêndios de junho e outubro de 2017
António Costa assinou hoje um despacho a determinar o início do pagamento das primeiras indemnizações aos familiares, herdeiros e demais titulares do direito de indemnização por morte das vítimas dos incêndios de junho e outubro de 2017.
“O primeiro-ministro assinou hoje um despacho a determinar ao ministro das Finanças que proceda ao pronto pagamento das primeiras indemnizações aos familiares, herdeiros e demais titulares do direito de indemnização por morte das vítimas dos incêndios ocorridos em junho e outubro de 2017 ao abrigo do mecanismo extrajudicial, de adesão voluntária, aprovado para o efeito pela Resolução do Conselho de Ministros”, lê-se numa nota à comunicação social difundida pelo gabinete do primeiro-ministro.
Os incêndios em Portugal provocaram em 2017 mais de 100 mortos e mais de 300 feridos.
Em 17 de junho e durante vários dias, fogos florestais devastaram extensas áreas, sobretudo em Pedrógão Grande, provocando 64 vítimas mortais e mais de 250 feridos, além de elevados prejuízos materiais.
Registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo.
Cerca de quatgro meses depois, a 15 de outubro, as centenas de incêndios que deflagraram naquele que foi considerado o pior dia de fogos do ano, provocaram 45 mortos e cerca de 70 feridos, perto de uma dezena dos quais graves.
Os incêndios consumiram ainda mais de 442 mil hectares de floresta. Foi o pior ano de sempre em Portugal, segundo os dados do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
O relatório do ICNF, que analisa os dados entre 01 de janeiro e 31 de outubro, indicou que arderam em Portugal 442.418 hectares de espaços florestais, metade dos quais no mês de outubro, 223.901 hectares.