Soguima Cruza oceanos em busca do melhor peixe e exporta qualidade ‘made in’ Portugal

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Com mais de 30 anos de experiência e conhecimento do mercado, a SOGUIMA tornou-se referência na transformação e comercialização de produtos de pesca em todo o mundo. Melhorar continuamente é o objetivo que permite garantir, cada vez mais, produtos saudáveis e seguros, oferecendo a melhor relação qualidade/preço ao mercado, sublinha o seu diretor-geral, António Guimarães.

Soguima é hoje uma empresa que aposta na proximidade e na satisfação das necessidades, como fator de diferenciação, conscientes de que “ao melhor produto se deve sempre aliar um serviço de excelência.” Os portugueses herdaram os métodos tradicionais de pesca e processamento que remontam ao séc. XV e que conferem ao bacalhau o paladar e o aroma característicos do “sabor português”. Com modernidade e segurança, a Soguima incorpora o saber e a tradição de Portugal na produção e assume desta forma que comercializa o melhor bacalhau.
Acompanhado pelo filho Daniel Guimarães e pelo sobrinho Emanuel Guimarães, António Guimarães explica como nasceu a empresa: “A Soguima é uma empresa familiar nascida em 1989, há quase trinta anos, e na sua génese esteve o propósito de exportar produtos de pesca de qualidade, de consumo tradicional português. Foi só a partir de determinada fase que começámos a trabalhar o bacalhau demolhado. Fomos buscar todo o conhecimento que já tínhamos do processamento de produtos ultracongelados e criámos um produto ligeiramente diferente daquele que o mercado já conhecia, o que porventura pode explicar parte do nosso sucesso.”

E de onde vinha o “know-how” da empresa para entrar assim nesta área?
A Soguima e algumas empresas do grupo, associadas às capturas de peixe, nasceram porque um dos sócios da empresa, que trabalhava numa das indústrias pioneiras da área, que entretanto fechou portas, acabou por fundar a Soguima.
Mas a empresa tem uma área de pré-cozinhados vegan, é para acompanhar uma tendência de mercado?
Sim, é uma forma de ter produtos de fácil preparo e destinado não só a pessoas que são vegan, mas a consumidores com bastante preocupação com a qualidade daquilo que comem, sobretudo com produtos mais saudáveis.

O que oferece a empresa ao mercado internacional, para além do bacalhau?
Para além do bacalhau, oferecemos cada vez mais o polvo, de origem nacional da costa portuguesa, cheio de qualidade. Vendemos também um pouco de sardinhas e o bacalhau pré-cozinhado, muito para complementar certas exportações, quando nos pedem produtos específicos como os pastéis de bacalhau.
A ideia da empresa é trabalhar seis ou sete produtos e neles sermos muito competitivos. Por opção, não podemos trabalhar toda a gama de peixe congelado porque isso iria tirar-nos diferenciação e competitividade. Queremos ser uma referência naquilo que trabalhamos e não termos medo de enfrentar o mercado.

Com a entrada noutros mercados a empresa perdeu a sua ligação à diáspora?
Quando nasceu, a Soguima tinha como objetivo vender para os países africanos de expressão portuguesa. Depois, naturalmente, foram surgindo outros mercados através de conhecimentos e contatos que se iam estabelecendo com a participação em feiras e da nossa própria experiência, mas sempre incluindo a própria diáspora. Para a Soguima, exportar sempre foi uma ambição natural que resulta de uma vontade de ir mais além, de poder crescer.

E o mercado nacional, o que representa para a empresa?
Nós achamos que o mercado nacional ainda tem muito potencial. Temos ambição de aumentar as nossas vendas no mercado externo e também no interno. Gostaríamos que o valor das nossas vendas para o estrangeiro nunca fosse superior a 50% da faturação, por isso, para manter este rácio temos de crescer também no mercado interno e estamos firmemente convencidos que o mercado nacional ainda tem muito espaço.

O que representa o futuro para a Soguima? Há investimentos em perspetiva?
Eu acredito rigorosamente que no futuro temos de ter a capacidade necessária para nos adaptar aos desafios que nos são reservados. Aliás, é precisamente o que temos feito com os imensos investimentos feitos, em especial em equipamento e formação profissional, mas temos de continuar sempre a investir porque só assim nos poderemos adaptar às exigências que o futuro nos trará.

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