ARP lança hoje em Portugal o Movimento Bengala Verde

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A ARP – Retina Portugal lança hoje em Portugal o movimento mundial Bengala Verde – que identifica pessoas com baixa visão – tornando-o o primeiro país da Europa a abraçar a iniciativa. Do programa de lançamento consta uma caminhada por algumas artérias do centro de Lisboa, a concentração em frente ao Instituto Nacional para a Reabilitação e a entrega de uma Bengala Verde ao Presidente da República.

A ARP – Retina Portugal (Associação de Retinopatia de Portugal) aderiu ao Movimento Bengala Verde, que identifica pessoas com um nível de visão muito baixo e que as obriga a usar uma bengala.
Já implementado no Brasil e na maioria dos países da América Latina, o movimento é agora lançado em Portugal, sendo este o primeiro país da Europa a abraçar tal iniciativa, informa a ARP num comunicado.
Para o lançamento, a associação programou um dia inteiro de atividades que incluem uma concentração em frente ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e entrega simbólica de uma Bengala Verde e de uma t-shirt, alusiva ao Movimento.
Ao longo da manhã e de parte da tarde, um grupo de pessoas com baixa visão fará caminhadas por algumas das principais ruas de Lisboa, para dar a conhecer o uso da bengala verde. O percurso inclui as avenidas João XXI, da República, Visconde Valmor, Conde Valbom e Sá da Bandeira.
Das iniciativas agendadas conta ainda uma concentração em frente ao Instituto Nacional para a Reabilitação, às 12h15. Também ali o grupo pretende dar a conhecer o movimento e entregar bengala verde e uma t-shirt.
Caminhada pela Av. João XXI, Av. da República, Av. Visconde Valmor e Av. Conde Valbom, em direção ao Instituto Nacional Para a Reabilitação.
Para as 15h está agendada uma visita à Assembleia da República e a entrega de uma bengala verde ao presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues. O programa conclui-se com no Palácio de Belém, estando agendado, a partir das 17h, um encontro com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, informa a associação.

Mais autonomia

A ARP – Retina Portugal é uma Instituição Particular de Solidariedade Social, sem fins lucrativos, criada há 17 anos, que visa a saúde e reabilitação visuais dos afetados por doenças degenerativas da retina – doenças sem cura, de caráter progressivo e irreversível, que conduzem a baixos níveis de visão.
“O facto de haver outras doenças oculares, igualmente causadoras de baixa visão, tem levado a que muitos tenham vindo até nós, em busca de uma maior autonomia, no que se refere às várias áreas do seu desempenho quotidiano, com particular incidência na orientação e mobilidade”, informa a ARP, sublinhando que a experiência adquirida tem mostrado ser esta uma das áreas de mais difícil abordagem, “já que, para quem tem baixa visão, o uso da bengala é considerado o fim da linha que conduz ao espetro da cegueira”.
“Disso resulta que muitos dos que se veem confrontados com uma queda de visão que lhes condiciona drasticamente a mobilidade, prefiram depender de alguém que os acompanhe ou transporte, ou circunscrever-se a uma zona considerada de conforto, geralmente a sua casa”, já que a bengala “que deveria ser um instrumento de libertação e inclusão passa a motivo de auto-exclusão”. “É que a bengala (branca) pesa na mão, mas pesa muito mais na alma de quem acha que aquela lhe coloca o rótulo de cego”, explica a ARP.

Atenuar o peso psicológico

Uma perceção que pode ser alterada através do uso da Bengala Verde, criada para identificar as pessoas com baixa visão que, apesar de não serem cegas, têm uma acuidade visual menor ou igual a três décimos e o campo visual inferior a 20 graus.
“Há já uma larga franja de associados nossos cuja visão e a mobilidade reduzidas aconselham o uso de bengala, e no sentido de atenuar o peso psicológico que tal representa, a Retina Portugal decidiu aderir ao Movimento Bengala Verde, já em curso no Brasil e na maioria dos países da América Latina, e pô-lo em marcha em Portugal”, explica a associação no mesmo comunicado.
Pensada em 1996, pela professora argentina, Perla Mayo, a Bengala Verde nasceu com o objetivo de identificar as pessoas com baixa visão. São várias as causas que levam a este problema, desde acidentes a diversas doenças, incluindo as doenças degenerativas da retina, não podendo os problemas decorrentes daquele contexto ser solucionados com o uso de óculos, ou cirurgias.
Uma pessoa com baixa visão tem dificuldade em reconhecer rostos, ler placas de sinalização, letreiros de autocarros, atravessar ruas, caminhar sozinho, entre outras. Em alguns casos, a claridade, ou a falta dela, afetam a visão.

 

 

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