O diplomata Luís Faro Ramos é o novo presidente do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua. O ex-embaixador de Portugal em Cuba tomou posse a 3 de novembro numa cerimónia realizada no Ministério dos Negócios Estrangeiros, com a presença do ministro Augusto Santos Silva.
Na toma de posse, Luís Faro Ramos, exortou “todo o Ministério dos Negócios Estrangeiros” bem como vários outros ministérios a assumirem “como centrais” as áreas da cultura e língua portuguesa e da cooperação.
“Tratar a língua portuguesa como uma das mais importantes línguas globais do mundo de hoje, definir um novo modelo para a cooperação, desenvolver a cooperação multilateral no âmbito da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) e modernizar a relação com as comunidades portuguesas”, são os principais objetivos do Camões, I.P. definidos pelo novo presidente.
“Se considerarmos que os temas que ocupam o Camões são centrais no contexto da política externa de Portugal, então assim devem ser assumidos por todo o universo do Ministério dos Negócios Estrangeiros, bem como nas respetivas áreas de responsabilidade, por outros ministérios relevantes para essa política externa, desde logo os chamados ministérios de soberania, Defesa, Administração Interna e Justiça, mas também outros, como Cultura, Economia, Educação, Ciência e Tecnologia ou Ensino Superior”, sublinhou Luís Faro Ramos. Para o novo responsável, “cooperação, cultura e língua valem por si, mas têm um potencial enorme para se beneficiarem mutuamente e adicionarem valor à política externa global desde que sejam pensados e executados numa ótica de integração e inclusão”.
Numa mensagem divulgada no portal do Camões, I.P., Luís Faro Ramos refere que o instituto “ocupa-se de três áreas centrais para a afirmação de Portugal como um país com história, virado para o futuro: cooperação, cultura e língua, cuja valia é enorme e que devem ser pensadas em sinergia, em Portugal e pelo mundo”.
“Este instrumento é fundamental na promoção desses valores e na partilha do que fazemos. Queremos estar perto de todos: dos estudantes, dos professores, dos investigadores, dos agentes de cooperação; daqueles que pela sua atividade profissional, busca de oportunidades ou mera curiosidade pessoal nos queiram conhecer”, acrescenta.