Possui um complexo industrial e a sua torrefacção de cafés é a maior da Península. Ali está instalado o Grupo Nabeiro que incluiu, entre outras empresas, a Delta Cafés.
Há uma lenda à volta da fundação da vila. Conta que vários chefes de família que viviam dispersos no campo, resolveram agrupar-se para uma maior protecção.
Encontrando um espaço aberto, um diz para os outros: “Aqui o campo é maior”. Certo é que há vestígios “que permitem concluir que o atual território do concelho de Campo Maior foi habitado desde a época Pré-Histórica”, lê-se na informação sobre o concelho divulgada no site da Câmara Municipal na internet.
Foi ainda uma povoação romana, depois dominada por Mouros durante meio milénio e conquistada por cavaleiros cristãos da família Pérez de Badajoz em 1219, que posteriormente ofereceram a aldeia pertencente ao concelho de Badajoz à Igreja de Santa Maria do Castelo. Em 31 de Maio de 1297, através do Tratado de Paz de Alcanizes assinado em Castela por D. Fernando IV, rei de Leão e Castela, e D. Dinis, passou a fazer parte de Portugal, juntamente com Olivença e Ouguela.
Em 1512, o rei D. Manuel I concede foral à vila e desde os fins do século XV, muitos dos perseguidos pela Inquisição em Castela refugiam-se ali. A comunidade judaica ou rotulada como tal era tão numerosa no século XVI, que nas listas dos apresentados em autos de fé realizados em Évora pela Inquisição, Campo Maior aparece entre as terras do Alentejo com maior número de acusados de judaísmo.
No dia 16 de Setembro de 1732, pelas três da manhã, o paiol do castelo, que continha 6000 arrobas de pólvora e 5000 munições, foi atingido por um raio, desencadeando uma violenta explosão e um incêndio que arrastou consigo cerca de dois terços da população.
D. João V determinou a rápida reconstrução do castelo e a vila ergueu-se lentamente das ruínas para voltar a ocupar o lugar de primeira linha nos momentos de guerra e de local de trocas comerciais e relacionamento pacífico com os povos vizinhos de Espanha, nos tempos de paz.
Com uma população de cerca de 8535 habitantes, é um importante centro agrícola. Possui um complexo industrial e a sua torrefacção de cafés é a maior da Península – Ali está instalado o Grupo Nabeiro que incluiu, entre outras empresas, a Delta Cafés e a Adega Mayor.