A notícia está a ser avançada pelo jornal ‘Expresso’ no seu site na internet: são já onze as vítimas mortais dos incêndios que atingiram Portugal no domingo
A notícia está a ser avançada pelo ‘Expresso’ no seu site na internet: são já onze as vítimas mortais dos incêndios que atingiram Portugal no domingo.
Segundo o jornal, “morreram duas em Oliveira do Hospital, duas em Penacova, uma em Nelas e outras cinco em Vouzela, uma deles quando fugia das chamas na A25 dos mais de 443 fogos florestais num só dia que transformam este 15 de outubro no pior dia do ano em matéria de incêndios”.
Às 7 horas da manhã desta segunda-feira, 25 estradas das regiões do Norte e Centro estavam cortadas ao trânsito na sequência dos incêndios que estão a afetar aquelas zonas do país, segundo a Infraestruturas de Portugal (IP). De acordo com informação disponível na página da Internet da Infraestruturas de Portugal, às 06h54 estavam cortadas 25 estradas nacionais (EN), municipais (EM), Itinerários Principais (IP)e itinerários complementares (IC).
Na região Centro, estavam cortadas a EN 238 devido ao incêndio do Cruz do Fundão até EN350 e entre os quilómetros 40 e 48, na localidade de Maxial, concelho da Sertã, distrito de Castelo Branco. Segundo a IP, estava também cortada a EN17 em ambos os sentidos devido a um incêndio ao quilómetros 81 em Póvoas das Quartas – Lagos da Beira, concelho de Oliveira do Hospital, distrito de Coimbra. A EN 17 foi também cortada devido a incêndio em Folhadosa, concelho de Seia, distrito da Guarda.
Também na região Centro, foram cortadas a EN entre os quilómetros 85 e 100 em Pedrógão Pequeno, concelho da Sertã (Castelo Branco), a EN232 entre Gouveia e Manteigas, na Guarda, a EN 242-2 entre a Marinha Grande e São Pedro do Moel, distrito de Leiria, e a EN 242-1 na Marinha Grande (Leiria).
Na região Centro estavam também cortadas devido a incêndios, a ENl 339 no Sabugueiro, concelho de Seia, distrito da Guarda, a EN 231 em Paranhos da Beira, em Seia, Guarda, e a EN 112 ao quilómetro 80 na localidade de Salgueiro do Campo, no distrito de Castelo Branco. A A13 esava cortada na zona de Condeixa, a EN109 na localidade de Carriço, concelho Pombal, a EN8 em Gradil, concelho de Mafra, distrito de Lisboa, e o IC8 na localidade de Carvalhal – Sertã, distrito de Castelo Branco.
Na região Norte, também devido aos incêndios, foram cortadas a EN202 aos quilómetros 03 e 05 na zona de Trovisco-Bela-Barbeita , concelho de Monção, distrito de Viana do Castelo , a N235 em Mamodeiro, distrito de Aveiro, a A32 em Canedo, concelho de Santa Maria da Feira (Aveiro) e a A25 no nó de Reigoso e ao quilómetro 53 (área de serviço de Vouzela).
A A24 estava cortada em Vil de Souto, concelho de Viseu, e o IP5 também entre Vil de Souto e Ventosa (Viseu). Segundo o IP, a A17 estava cortada devido a incêndio na Marinha Grande, Leiria, a N233 em Adão, na Guarda, a N333 em Paços Vilharigues – Vouzela, a N16 em Almeidinha, Granja, na Guarda, e a N234 em Moimenta de Maceira Dâo, concelho de Mangualde (Viseu).
Calamidade pública
O primeiro-ministro anunciou hoje que o Governo assinou um despacho de calamidade pública, abrangendo todos os distritos a norte do Tejo, para assegurar a mobilização de mais meios, principalmente a disponibilidade dos bombeiros no combate aos incêndios.
António Costa falava aos jornalistas no Comando Nacional de Operações de Socorro da Autoridade Nacional de Proteção Civil, em Oeiras, distrito de Lisboa, tendo ao seu lado a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa. “Foi assinado por mim e pela senhora ministra da Administração interna um despacho de calamidade pública em todos os distritos a norte do Tejo, tendo em vista criar as melhores condições da mobilização de meios e, em particular, para assegurar aos bombeiros voluntários os seus direitos a participarem nesta missão, assegurando a justificação das faltas nos locais de trabalho e dois dias de descanso por cada um em que estiverem a participar no combate aos incêndios”, justificou o primeiro-ministro.
Perante os jornalistas, o primeiro-ministro começou por apresentar condolências às famílias das vítimas, transmitindo “uma palavra de solidariedade para com todas as populações que têm estado a ser ameaçadas por um dia (de domingo) que foi devastador em todo o país”.
António Costa deixou depois também “uma palavra de alento aos mais de 12 mil operacionais que ao longo de todo o dia tentaram travar as chamas e aos mais de 6000 que ainda neste momento estão a travar as chamas”.
De acordo com o primeiro-ministro, domingo “foi um dia muito difícil”, já que se registaram “523 incêndios no conjunto do país e, portanto, os meios foram esticados até aos limites”. “E numa fase obviamente do ano em que, quer pelas condições normais do clima, quer pela própria disponibilidade das pessoas, é mais difícil mobilizarmos os recursos. Vamos seguramente [hoje] ter ainda um dia muito difícil. As previsões da evolução meteorológica podem permitir alguma esperança nas zonas do litoral, mas relativamente às zonas do interior vamos ter ainda níveis muito elevados de risco de incêndio ao longo de todo o dia”, advertiu António Costa. Neste momento, segundo a informação veiculada pela Proteção Civil, há 229 incendios “em aberto”, dos quais 141 em curso, 26 em fase de resolução e 62 em fase de conclusão.
Os fogos estão a ser combatidos por 5.952 operacionais, 1829 meios terrestres e 4 meios aéreos.