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Pelo país

Neste castelo nasceu o navegador Pedro Álvares Cabral

4 Outubro, 2017 Pelo país
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Neste castelo nasceu o navegador Pedro Álvares Cabral

Fortaleza medieval, o Castelo de Belmonte foi transformado em residência senhorial no século XV, quando passou a pertencer a Fernão Cabral, pai de Pedro Álvares Cabral, o navegador português que descobriu o Brasil…

À semelhança de outros castelos, esta antiquíssima fortaleza erguida em Belmonte tem uma posição dominante sobre a paisagem em redor. O castelo de Belmonte foi construído numa elevação à margem esquerda do rio Zêzere, na região da serra da e tem a sua história ligada à dos descobrimentos portugueses e à do Brasil, uma vez que os seus alcaides pertenciam à família do navegador Pedro Álvares Cabral.
Apesar de não haver certezas sobra a data da sua construção, é provável que tenha sido construído no século XII a mando de D. Sancho I (1154-1211) para defesa da povoação a quem o mesmo rei havia concedido carta de foral em 1199. Os vários achados arqueológicos daquela zona confirmam a existência da fortificação a partir de finais desse século e princípios do século XIII.
Mais tarde, em 1258, o castelo viria a ser reedificado por Egas Fafes, bispo de Coimbra, a mando de D. Afonso III (1210-1279) sendo que tanto o castelo como a torre de menagem, apenas terão sido concluídos já no reinado de D. Dinis. Essas referências são confirmadas por vestígios arqueológicos – dos finais do século XII e início do século XIII – da demolição de casas no interior da vila para a construção do castelo e da torre de menagem.
Perdeu entretanto importância estratégica com a assinatura do Tratado de Alcanizes em 1297 e consequente avanço da fronteira para Este. Já no ano de 1392, o Bispo de Coimbra decide fazer uma permuta da vila de Belmonte e couto de S. Romão pela vila de Arganil, passando o castelo a ser pertença de Antão Martim Vasques da Cunha.

O castelo e a família Cabral
No reinado de D. João I (1385-1433), tendo o alcaide de Belmonte, entre 1397 e 1398, aderido ao partido do infante D. Dinis, o soberano confiscou-lhe a vila e o castelo, doando-os como alcaidaria (governo) a Luís Álvares Cabral, passando a família Cabral a residir no castelo. O novo senhor mandou reconstruir o pano da muralha a Norte, onde se abriu uma nova entrada, a Porta da Traição, acrescentando-se um cubelo (torreão entre dois lanços de ema antigas muralha) para reforço.
É precisamente nessa altura, entre finais do século XIV e princípios do século XV, provavelmente devido a um confronto com tropas de Castela, que aquela fortaleza foi parcialmente destruída por um incêndio. Esse fato é atestado pelos sedimentos de cinza revelados durante as escavações arqueológicas.
Em 1466 aconteceu uma dos mais importantes episódios na história do castelo: foi doado por D. Afonso V (1432-1481), juntamente com a vila de Belmonte, a Fernão Cabral, pai de Pedro Álvares Cabral (1467-1520), que prosseguiu a adaptação daquela edificação militar a residência senhorial.
Esse, por sua vez, decide transferir a residência da família Cabral para o interior do castelo. Já no século XVI, é edificado no Castelo de Belmonte o Solar dos Cabrais, havendo ainda registos de obras junto à porta principal do castelo nos séculos XVII e XVIII.
Por altura da Guerra da Restauração da independência portuguesa, a defesa do castelo teria sido modernizada com a construção de alguns baluartes (uma obra defensiva, construída onde as muralhas formam ângulo). Ainda em fins do século XVII, em 1694, o interior do castelo foi danificado por outro incêndio. No século seguinte, foi erguido o edifício junto ao portão principal, tendo o último senhor de Belmonte, Caetano Francisco Cabral, falecido em 1762.
Pinho Leal, militar e historiador português, comentando que se encontrava em ruínas, transcreve uma descrição do castelo no século XVIII: “O Castelo consta de uma alta torre, com duas grandes janelas, uma para o meio-dia, outra para o poente; é quadrada e dela continuam as casas do senhor do mesmo castelo, tudo fortificado com muralha de cantaria, e por fora, em todo o circuito, com baluartes que se conservam ainda em bastante altura”.
A partir de meados do do século XVIII, o castelo entrou em situação de decadência deixando de ser residência senhorial e foi progressivamente abandonado, chegando mesmo a ser usado para a pouco nobre função de celeiro.
Com tantas alterações, a construção do castelo de Belmonte integra uma invulgar variedade de estilos arquitetónicos: tem traços românicos, góticos, manuelinos e setecentistas. O imóvel foi declarado como Monumento Nacional a 15 de Outubro de 1927. Entre a década de 1940 e a de 1960 foram procedidas diversas intervenções de conservação e restauro a cargo da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN).
Mais recentemente, em 1992, passou para a gestão do IPPAR (Instituto Português do Património Arquitectónico), tendo sido erguido no seu interior, um anfiteatro, destinado à apresentação de espectáculos.
Entre 1992 e 1994 trabalhos de prospecção arqueológica no interior do castelo, comprovaram a presença romana naquela região.
Este belo castelo construído em pedra granítica, mantém na fachada principal, orientada para o sul, uma porta encimado pelas armas dos Cabral, cuja memória está também presente nas ruínas do antigo Paço onde residiram e onde se destaca uma janela de estilo manuelino. O edifício junto à porta principal funcionou, no início do século XX, como prisão. Revitalizado, o castelo está aberto à visitação pública. Como curiosidade, uma antiga chave do encontra-se no acervo da Casa-Museu João Soares da Fundação Mário Soares, em Cortes, concelho de Leiria. A Torre de Menagem e Sala Oitocentista foram adaptadas a espaços museológicos dedicados à história do concelho e do castelo e perto da fortaleza estão a Capela de Santo António e a Capela do Calvário.

Belo monte…
Segundo a tradição, o nome Belmonte provém do lugar onde a vila foi edificada: ‘monte belo’ ou ‘belo monte’. Outra teoria defende que a origem esteja na terminologia ‘belli monte’: monte de guerra. É uma terra solarenga, com paisagens sem fim, uma história de séculos e boas gentes.
Ficou famosa por ali ter nascido Pedro Álvares Cabral, o navegador que no ano de 1500 comandou a segunda armada à India, durante a qual se descobriu oficialmente o Brasil. Mas esta é uma terra com muito mais história. A presença humana no atual concelho de Belmonte está comprovada desde as épocas mais remotas. A Anta de Caria, os Castros de Caria e da Chandeirinha certificam a fixação na pré e proto-história. A presença romana é comprovada pela Torre Centum Cellas ou pela Villa da Quinta da Fórnea, pontos de passagem da via que ligava Mérida à Guarda.
O primeiro alcaide foi Luís Alvares Cabral. Fernão Cabral, pai de Pedro Alvares Cabral, foi o primeiro alcaide-mor. Com ele se iniciou, no século XV, a época de maior destaque do Castelo e de Belmonte. Em 1510 D. Manuel I concedeu a Belmonte nova carta de foral.

Comunidade judaica
A comunidade de Belmonte abriga um importante facto da história judaica sefardita (nome dado aos judeus originários de Portugal e Espanha), relacionado com a resistência dos judeus à intolerância religiosa na Península Ibérica. Na altura do reinado de D. Manuel I a comunidade de Belmonte era essencialmente rural, dependente da pecuária e da agricultura. A presença de judeus favoreceu também a existência de algum comércio.
No século XVI, aquando da expulsão dos mouros da Península Ibérica, e da reconquista das terras espanholas e portuguesas pelos reis católicos e por D. Manuel, foi instaurada uma lei que obrigava os judeus portugueses a converterem-se ou a deixarem o país. Muitos deles acabaram por abandonar Portugal, por medo de represálias da Inquisição. Outros converteram-se ao cristianismo, pelo menos ‘oficialmente’, mantendo o seu culto e tradições culturais escondidas no âmbito familiar.
Um terceiro grupo de judeus, porém, tomou uma medida mais extrema: isolaram-se do mundo exterior, cortando o contacto com o resto do país e seguindo suas tradições à risca. Tais pessoas foram chamadas de “marranos”, numa alusão à proibição ritual de comer carne de porco. Durante séculos os marranos de Belmonte mantiveram as suas tradições judaicas quase intactas, tornando-se um caso excepcional de comunidade criptojudaica. Somente nos anos 70 do século XX a comunidade estabeleceu contato com os judeus de Israel e oficializou o judaísmo como sua religião. Em 2005 foi inaugurado na cidade o Museu Judaico de Belmonte, o primeiro do género em Portugal, que mostra as tradições e o dia-a-dia dessa comunidade.

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