Portugal já acolheu 1.435 refugiados e mais 100 chegam em breve

Data:

“Enquanto povo de emigração, é nosso dever histórico e nossa responsabilidade coletiva acolher”, afirmou a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa.

Eduardo Cabrita falava na sessão comemorativa do 26.º aniversário do Conselho Português para os Refugiados (CPR), uma organização não-governamental a quem fez um “agradecimento genuíno em nome do Governo português” por ajudá-lo no que considera ser “uma missão” do país. “É uma missão que tem problemas, que tem, aqui e ali, insucessos, mas Portugal tem estado do lado certo desta história, tem estado de braços abertos, tem acolhido, tem tentado integrar”, sustentou o ministro, na sessão realizada Centro de Acolhimento para Refugiados da Bobadela, concelho de Loures.
Também a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, frisou “o dever civilizacional e ético de proteção dos refugiados e daqueles que, mesmo não sendo refugiados, procuram esta terra para viver”. “Enquanto povo de emigração, é nosso dever histórico e nossa responsabilidade coletiva acolher – e temo-lo feito com dignidade, sem qualquer tipo de receios”, defendeu.
“(Neste momento) continuamos a receber refugiados ao abrigo da recolocação, mas também da reinstalação, que é outro mecanismo de proteção de refugiados, além dos pedidos de asilo espontâneos”, indicou a ministra, acrescentando que estão abertas vagas “na totalidade da quota de Portugal”. “Todos os dossiers que nos são enviados por Itália ou pela Grécia, ou então através do ACNUR, o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, são analisados e estamos prontos para acolher, como até agora temos estado”.
Além dos cerca de 100 refugiados que em breve chegarão a Portugal, o ministro Adjunto sublinhou que o país manifestou já disponibilidade junto da Grécia e de Itália, primeiro país de acolhimento, para receber até ao final deste ano todos aqueles que integram a quota portuguesa. “Neste momento, somos o quinto país da União (Europeia) com maior número de refugiados acolhidos no âmbito do programa de recolocação, e o que nós homenageámos hoje aqui foi a forma como Portugal organizou o acolhimento, com uma participação da sociedade civil, de instituições como o CPR e outras e das comunidades locais”, disse Eduardo Cabrita, salientando que “existem refugiados acolhidos em 97 municípios portugueses” o que demonstra que “esta é uma causa que tem unido os portugueses”.
Na sessão, receberam um prémio atribuído pelo CPR representantes de alguns dos 21 municípios distinguidos pelo trabalho feito para acolher refugiados, que lhes foi entregue pela presidente da instituição, Teresa Tito de Morais. “Nós hoje testemunhámos aqui, com cerca de duas dezenas de municípios de todo o país, com o papel do CPR, que a comunidade portuguesa, as instituições, as autarquias, são parceiros empenhados neste processo, para que Portugal tenha um papel ativo numa Europa da coesão, da solidariedade e da liberdade”, rematou o ministro.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Share post:

Popular

Nóticias Relacionads
RELACIONADAS

Compal lança nova gama Vital Bom Dia!

Disponível em três sabores: Frutos Vermelhos Aveia e Canela, Frutos Tropicais Chia e Alfarroba e Frutos Amarelos Chia e Curcuma estão disponíveis nos formatos Tetra Pak 1L, Tetra Pak 0,33L e ainda no formato garrafa de vidro 0,20L.

Super Bock lança edição limitada que celebra as relações de amizade mais autênticas

São dez rótulos numa edição limitada da Super Bock no âmbito da campanha “Para amigos amigos, uma cerveja cerveja”

Exportações de vinhos para Angola crescem 20% desde o início do ano

As exportações de vinho para Angola cresceram 20% entre janeiro e abril deste ano, revelou o presidente da ViniPortugal, mostrando-se otimista quanto à recuperação neste mercado, face à melhoria da economia.

Área de arroz recua 5% e produção de batata, cereais, cereja e pêssego cai 10% a 15%

A área de arroz deverá diminuir 5% este ano face ao anterior, enquanto a área de batata e a produtividade dos cereais de outono-inverno, da cereja e do pêssego deverão recuar 10% a 15%, informou o INE.