A inscrição é obrigatória, limitada a 3.000 participantes e deve ser feita em http://www.parquesdesintra.pt/event/palacio-nacional-da-pena-abre-a-noite-com-entrada-livre/
Na noite de 18 de abril, e para celebrar o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, o Palácio Nacional da Pena abre portas entre as 20h e a meia-noite. A ação, organizada pela Parques de Sintra, está limitada a três mil pessoas e tem entrada gratuita.
A inscrição prévia é obrigatória para todas as idades e já pode ser feita através do link: http://www.parquesdesintra.pt/event/palacio-nacional-da-pena-abre-a-noite-com-entrada-livre/.
“Esta é uma oportunidade rara para visitar o Palácio da Pena à noite e desfrutar da singular atmosfera da Serra e deste monumento depois do anoitecer”, covida a Parques de Sintra
As entradas serão feitas por ordem de chegada, pelo que a organização avisa que o tempo de espera dependerá do número de visitantes que se encontrarem naquele momento no interior do Palácio – mas o número é condicionado pela capacidade do espaço. O trajeto entre o portão de entrada do Parque da Pena até ao Palácio é feito a pé e a circulação dentro do Parque será limitada ao percurso de acesso ao monumento. A última entrada será às 23h e todos todos os inscritos que compareçam até esta hora terão entrada garantida.
Recorda-se que o estacionamento nas imediações do Parque é reduzido e está limitado à capacidade do espaço. A opção é ir de autocarro até à entrada dos portões do Palácio. A Parques de Sintra revela que haverá dois autocarros da empresa Scotturb a fazer o transfer gratuito da Estação de Sintra até à entrada principal do Parque da Pena a partir das 19h. O último transfer sairá da entrada principal do Parque da Pena às 00h30.
O Dia Internacional dos Monumentos e Sítios é coordenado pela Direção-Geral do Património Cultural em colaboração com o Conselho Internacional dos Monumentos e Sítios. Este ano o tema das comemorações é ‘Património cultural e turismo sustentável’.
Exemplar do Romantismo
A ocupação do topo da serra de Sintra, onde se localiza o atual palácio, ocorreu com a construção, durante o reinado de João II de Portugal (na Idade Média), de uma pequena capela dedicada a Nossa Senhora da Pena. No século XVI, Manuel I de Portugal ordenou a sua reconstrução de raiz e doou-a à Ordem de São Jerónimo: construiu-se primerio um convento de madeira e, pouco mais tarde, um edifício de cantaria com acomodações para 18 monges. No século XVIII a queda de um raio destruiu parte do edifício e, posteriormente, o terramoto de 1755, deixou-o em ruínas.
Mas no século XIX a paisagem da serra de Sintra e as ruínas do antigo convento maravilharam o rei-consorte Fernando II, marido da rainha D. Maria II de Portugal. Mandou restaurá-lo com o objetivo de fazer dele a futura residência de Verão da família real. As obras foram entregues ao barão alemão Von Eschwege, que já nessa época era engenheiro de minas em Portugal. A zona do convento foi pintada de vermelho e a parte nova de amarelo, seguindo ordens expressas de D. Fernando II.
O Palácio Nacional da Pena é até hoje uma das principais expressões do Romantismo arquitectónico do século XIX no mundo. Foi o primeiro palácio nesse estilo na Europa, erguido cerca de 30 anos antes do Castelo de Neuschwanstein, na Baviera alemã.
Ana Grácio Pinto