Ao contrário de outros países que insistem em grãos de café 100% Arábica, o espresso português é obtido a partir de uma mistura de café torrado lentamente. Como resultado obtém-se um café com creme cor de avelã, denso e muito equilibrado.
A sala dos Presidentes acolheu o Encontro Nacional de Torrefactores promovido pela AICC. No encontro foi apresentado um estudo da ‘Euromonitor’ intitulado ‘Tendências Internacionais do Consumo de Café’. O evento contou com a presença da Embaixadora da Colômbia em Portugal, Carmenza Jaramillo e do organizador do SISAB PORTUGAL, Carlos Morais entre muitos empresários do setor.
A sessão de abertura coube ao presidente da AICC, Rui Miguel Nabeiro que, depois de dar as boas vindas a todos os presentes, referiu ser “na base da partilha que este encontro é uma boa oportunidade para conhecermos as novas tendências e as novas práticas sendo o nosso principal objetivo o de mantermos o setor do café português na vanguarda, pois o café é, sem dúvida, um produto de excelência, uma das bebidas mais consumidas no nosso país e no mundo”. O presidente da AICC continuou reforçando a missão da AICC “em levar mais longe a mensagem do café português e foi com essa premissa que, em 2016, reforçámos essa mensagem dando inicio à expansão e lançamento da marca global ‘Portuguese Coffee: a blend of stories’ numa iniciativa desta associação. Quisemos marcar este território e foi nesse sentido que apresentámos o café português ao mundo, no passado Encontro Nacional de Torrefactores, também estivemos no SISAB e mais tarde na SIAL, em Paris. Foram pequenos passos, mas firmes que nos estimulam a continuar a traçar o nosso caminho. Para além disso voámos além-fronteiras na revista de bordo da TAP, através de alguns anúncios e de uma reportagem sobre o café português mostrando a todos os que nos visitam a nossa tradição sobre o café”. O projeto ‘Portuguese Coffee – a blend of stories’ é uma marca institucional propriedade da Associação Industrial e Comercial do Café (AICC).
Rui Miguel Nabeiro apresentou ainda as iniciativas da associação na promoção e divulgação do café português nos meios digitais onde “aproveitando a revolução digital que se vive na nossa sociedade lançámos um novo site dedicado ao café português, o theportuguesecoffee.com” o presidente da associação realçou ainda “a excelente adesão que teve o campeonato nacional de baristas, no ano passado. Novos públicos, mais baristas internacionais e diversos representantes de equipamentos marcaram presença no campeonato. O mundo do café está de facto a mudar, o perfil do consumidor também pelo que atentos a este facto iniciamos o ano de 2017 com o estudo que vamos ver de seguida”, terminou o presidente da AICC.
Depois da apresentação do estudo, o encontro continuou com um debate aberto aos participantes sobre as novas tendências do consumo de café com exemplos trazidos por empresários e dirigentes associativos do setor.
Experiências
“Os portugueses bebem café por prazer, mas serve também como desculpa para um encontro de amigos e ‘dois dedos’ de conversa. Os portugueses normalmente bebem espresso, maioritariamente fora de casa. Espresso é tão importante para nós que também temos a palavra portuguesa ‘Expresso’ em vez de ‘Espresso'”, destaca a Associação Industrial e Comercial do Café (AICC), na nota de apresentação do projeto.
Ao contrário de outros países que insistem em grãos de café 100% Arábica, o espresso português é obtido a partir de uma mistura de café torrado lentamente. “Como resultado obtém-se um café com creme cor de avelã, denso e muito equilibrado”, explica a AICC. “O nosso método particular de torrefação preserva a essência do café português, reduzindo a sua acidez, conferindo-lhe um aroma mais forte, mais corpo e suavidade. O resultado é uma experiencia sensitiva com tendência a permanecer na boca criando uma memória forte no consumidor”, acrescenta.
A Associação lembra aindaque Portugal está, há muito tempo, “na vanguarda da indústria de café e está entre os países que melhor conhecem os métodos de processamento do café, muito devido ao seu passado colonial no Brasil, Timor, São Tomé e Príncipe e Angola”.