Os baixos níveis de colesterol e a presença de ácidos gordos polinsaturados também são dois benefícios a ter em conta quando consumimos peixe.
Portugal é dos países da Europa que mais consome pescado. A sardinha, o carapau, o polvo, a pescada e o peixe-espada são as espécies mais populares. São consumidos no nosso país mais de 55 quilos de produtos de pesca e de aquacultura, nomeadamente peixe fresco, peixe congelado ou conservas, por ano e por habitante. O número de espécies ultrapassa as três centenas, entre elas podemos salientar a truta, a dourada, o robalo, o linguado, a enguia e amêijoas. O pescado é uma importante fonte de nutrientes, destacando-se as proteínas – com elevado valor biológico –, a gordura, os minerais e as vitaminas. Está igualmente comprovado o seu papel na prevenção das doenças cardiovasculares, bem como de outros benefícios, especialmente ao nível do bem-estar e na prevenção da depressão e da obesidade.
Os baixos níveis de colesterol e a presença de ácidos gordos polinsaturados também são dois benefícios a ter em conta quando consumimos peixe.
Transformação de bacalhau emprega mais de 200 pessoas
Dos produtos importados, importa realçar o salmão, os crustáceos e o bacalhau. As exportações do bacalhau atingiram, em 2014, um valor histórico para o setor: 100 milhões de euros. O Brasil é o principal mercado de exportação e representa cerca de 50 por cento do total, seguindo-se a França, Angola e Espanha. A indústria nacional continua a apostar na cura tradicional portuguesa – uma tradição usada especialmente para conservar o peixe na ausência de refrigeração –, apesar das novas tendências de consumo e de crescimento do bacalhau demolhado e ultracongelado para enfrentar o maior concorrente de todos, o mercado da Noruega. Hoje em dia, o bacalhau é seco em locais que reproduzem as condições ideias para o processo e, por isso, as fábricas podem trabalhar durante todo o ano, sem estarem dependentes das condições climatéricas. A indústria portuguesa de transformação do bacalhau conta, atualmente, com cerca de 30 empresas, aproximadamente 40 unidades industriais e emprega perto de 2000 pessoas. Os dados indicam que, na última década, a produção estabilizou em torno das 50 mil toneladas em peso e o volume de negócios ronda os 400 milhões de euros anuais.