A frase é do Presidente da República e foi proferida durante a visita que fez ao primeiro dia ao SISAB PORTUGAL 2017. São 1.700 importadores de 110 países e 500 empresas nacionais encheram o Meo Arena para a edição mais participada de sempre de um certame criado em 1995 e que há muito se impôs como a maior feira mundial produtos alimentares portugueses para a exportação.
Não podia ter começado da melhor forma o SISAB PORTUGAL 2017.
Uma vez mais, durante três dias, o Meo Arena foi palco da maior feira mundial para a exportação, de produtos alimentares exclusivamente portugueses. Esta que foi a edição mais participada de sempre de um certame que já vai nas vinte e duas edições, juntou 1.700 importadores de 110 países com as 500 empresas nacionais que uma vez mais querem mostrar ao mundo a qualidade do agro-alimentar e bebidas em Portugal.
Carlos Morais, idealizador e dinamizador do certamen, considerou que o SISAB PORTUGAL dá uma resposta à inércia do mercado nacional, onde não há crescimento possível, e qualquer aumento de vendas se faz à custa da concorrência. “No difícil contexto de um mercado nacional maduro e quase diria esgotado, a exportação surge como hipótese única para quem quer promover o crescimento das empresas. Ora o SISAB PORTUGAL não é uma feira onde apenas se “vende” espaço de exposição. O SISAB PORTUGAL promove efectivamente encontros de negócios, fruto da apresentação “cara a cara” entre empresários portugueses e os futuros parceiros que vêm a Portugal expressamente para fazer negócios com empresas e marcas portuguesas”, assegurou.
Fundamental para promover Portugal
Já se esperava que a visita do Presidente da República no primeiro dia do SISAB PORTUGAL fosse centrar as atenções de todos quantos estavam no Meo Arena. Durante mais de uma hora, negociações e contatos foram sendo interrompidos à medida que Marcelo Rebelo de Sousa passava pelas empresas expositoras.
Falou com inúmeros importadores dos mais variados países – da China ao Brasil, dos Estados Unidos ao Egito, De Moçambique a Marrocos.
Perguntou ao que vinham, elogiou os vinhos que os via experimentar, tirou inúmeras fotografias. A um importador português há muito radicado nos Estados Unidos, que o elogiou pela forma como tem executado as funções de Chefe de Estado de Portugal, agradeceu, mas aproveitou para dizer que este, “é o melhor país do mundo”.
Durante o percurso por entre a imensa variedade de produtos portugueses, perder-se a conta às ‘selfies’ que tirou, sem pressa, como a que o reuniu a uma delegação de importadores americanos, admirados com o ‘à vontade’ do Presidente da República. E à pergunta a um importador português a trabalhar na Suíça, sobre como estavam a decorrer as reuniões, ouviu que já tinham “o caminho traçado” sobre o que queriam levar para o país helvético.
Em meio a apertos de mão e perguntas aos expositores – “então, está a correr bem?” – publicitou um rum da Madeira, junto de importadores da China – “very, very good” , ouviram do Presidente da República – e ao ver um expositor de pêra rocha, não resistiu, voltado para quem o estava a ouvir: “(este é) um grande produto nacional de exportação”.
Percorrido parte do certame, e porque o tempo acabu por ser curto, Marcelo Rebelo de Sousa prometeu que voltaria num dos dois dias que ainda faltavam para encerramento. Nas declarações aos jornalistas, ouviu o CEO do SISAB PORTUGAL defender que terá encontrado no Meo Arena “um evento único”. “Importadores de todo o mundo que vêm à procura de importar produtos exclusivamente portugueses. Com a paixão por esses produtos e com a sua capacidade de compra, vão também eles contribuir para o crescimento económico e das exportações portuguesas”, sublinhou Carlos Morais
“Conheço a alma do SISAB há 20 anos”
Marcelo Rebelo de Sousa recordou que conhece “a alma do SISAB há 20 anos”, mas foi como Presidente da República Portuguesa, que quis “agradecer a todos aqueles, que são muitas e muitos aqui presentes, o esforço que estão a fazer todos os dias por Portugal”.
E voltou a colocar na tónica do crescimento económico, o grande desafio do país. “Nós precisamos crescer. O grande desafio dos próximos anos é crescer claramente acima de dois por cento, e para crescermos acima de dois por cento precisamos exportar mais e melhor”, afirmou, acrescentando que era “reconfortante assistir àquilo que hoje pudemos todos assistir”.
“Vimos a presença de empresários de todo o mundo: americanos, canadianos, chineses, brasileiros, de vários países da Europa, de países de África, interessados em Portugal”, enumerou, para afirmar que “o SISAB PORTUGAL tem sido fundamental para promover os produtos portugueses, para promover Portugal, para promover as nossas exportações”. “E a promoção das exportações é essencial ao nosso crescimento”, voltou a frisar.
Antes de continuar a vista deu um “bem haja o SISAB”, por ser “importante para Portugal e para os portugueses” e desejou “uma longuísima vida ao serviço da nossa Pátria”.
Uma feira onde não se pode parar
“O SISAB PORTUGAL permite-nos metas cada vez mais ambiciosas”.
Foram estas as palavras do ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, visivelmente impressionado com o ambiente único do certame, cujos expositores visitou demoradamente, ouvindo os maiores elogios à feira por parte dos expositores.
Ao visitar a feir na manhã do primeiro dia, o ministro da Economia cumprimentou os expositores e entre palavras de incentivo, fazia perguntas sobre o andamento dos trabalhos.
Para a Companhia da Rede “ainda não se tinha parado desde as oito da manhã”. Um pouco mais à frente encontrou Bernardo Cabral, um amigo de longa data e enólogo da Winemakers que lhe disse ser o SISAB PORTUGAL uma feira muito importante para a empresa, e explicou que o “ambiente exclusivamente profissional era o segredo para um certame onde se trabalha muito”.
À medida que ia avançando ia contatando os presentes com especial atenção aos estrangeiros que cruzavam consigo e que, com curiosidade, o abordavam. Ao passar o stand do Licor Beirão não quis deixar de perguntar, a um dos filhos, pelo fundador da empresa. “Estive com o seu pai em Coimbra, e acho-o uma pessoa encantadora”, era assim neste tom cordial e afável que ia avançando entre os expositores. Mais adiante, nova oportunidade para se aperceber da importância do SISAB PORTUGAL para a exportação. Trocou algumas palavras com Gonçalo Bastos, da Caxamar, que lhe diz ser esta feira fundamental para dinamizarmos a nossa exportação. A visita continuava, tempo ainda para encontrar no stand da Quinta da Fonte Pedrinha, Patrícia Carvalho, uma familiar.
No final da visita, ainda antes de se dirigir para a degustação de produtos portugueses de algumas das empresas presentes diria visivelmente impressionado com o que acabava de ver: “o SISAB PORTUGAL permite-nos metas cada vez mais ambiciosas e empresas mais empenhadas e com produtos de alta qualidade que afirmam internacionalmente, cada vez mais, os produtos portugueses”.
Referiu-se ainda à importância do trabalho que o SISAB PORTUGAL tem desenvolvido em prol das exportações portuguesas.
“Este SISAB PORTUGAL tem ferto um trabalho muito importante nos últimos anos e continua aqui a fazer, em ligação às comunidades portuguesas, mas sem esquecer as outras pessoas que estão aqui, vindas de mais de 110 países, e que se traduzem em milhares de visitantes internacionais. Veem-se aqui pessoas de inúmeros países de todo o mundo que estão aqui como compradores.
O resultado é o que tenho visto nos stands uma realidade bastante animadora, porque os expositores estão de fato a relatar que estão a encontrar compradores de novos países e é isso que temos de fazer, diversificar os mercados e afirmar os produtos portugueses pela qualidade”. E terminaria as suas declarações aos jornalistas exprimindo um desejo. “Espero que o SISAB PORTUGAL continue a ser a grande montra dos produtos portugueses aqui expostos para todos os anos se baterem novos recordes”.
Visitas e provas
Apesar da feirea decorrer entre 6 e 8 de março, recorde- se que na realidade os trabalhos começaram dois dias antes com as visitas educacionais que permitiram aos importadores tomarem conhecimento com os produtos ‘in loco’. Este ano, e como de costume, foram vários os circuitos profissionais e educacionais com contatos e provas, um pouco por todo o país, nomeadamente Lisboa, Setúbal, Alentejo e Douro, entre outras.
Outros momentos importantes vividos ao longo dos três dias, são a realização de provas de vinhos e de degustação dos mais variados produtos, cujo objetivo é mostrar as potencialidades gastronómicas dos produtos portugueses e fundamentalmente levar os importadores a conhecer melhor as suas especificidades e características próprias.
Entre animados convívios de empresários nacionais e internacionais se fica a conhecer o produto e toda a sua aplicação nas mais variadas e sofisticadas confecções gastronómicas possíveis.
Por tudo isso, Carlos Morais, CEO do SISAB PORTUGAL, assegura que este certame “é uma grande porta de saída para as empresas portuguesas que pretendem exportar”. “Ninguém viaja dez e mais horas de avião, para vir a Portugal apenas passear tranquilamente por uma exposição de produtos. Essa é a razão de se criarem oportunidades únicas que as empresas reconhecem”, afirma.
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