Uma vasta planície atravessada por ribeiras fresquinhas, muito mar e campos que nos enchem a alma de aromas, cores e experiências.
Descobrem-se a cada passo os campos de lilases, observam-se aves únicas e paisagens que nunca mais se esquecem, sejam elas em plena planície, ou no topo de uma falésia, numa montanha ou juntinho ao mar.
A meio caminho entre a serra e o mar, entre albufeiras, rios e campos de perder de vista, pegue nuns binóculos logo pela manhã, e descubra um outro alentejo – região privilegiada para a observação de pássaros durante todo o ano (2), nos vales e estuários dos rios, especialente em Castro Verde, Mértola, Barrancos, Mourão, Lagoas de Santo André, de Sancha e de Cala.
História
Percorra a História pelo Norte Alentejano, e pelo Alentejo Central, onde se regista forte presença do megalitismo, como Reguengos de Monsaraz, ou Castro da Cola em Ourique (3) do período Neolítico, chegando à presença da civilização romana. aqui destacam-se Miróbriga, em Santiago do Cacém, Ammaia em Marvão, ou Villae como a de Torre de Palma no concelho de Monforte e as de S. Cucufate ou Pisões que abasteceram a importante Pax Julia (Beja) e o ainda bem conservado Templo de Diana em Évora, ex-libris do centro da cidade. Para o período islâmico, pare em Mértola, a vila mais árabe de Portugal e aprecie a sua singular mesquita, hoje Igreja Matriz. (4)
Natureza
Se quiser ter um encontro surpreendente com a natureza aventure-se por trilhos pedestres e passeios de BTT nas serras, entre montes, vales e ribeiras. As albufeiras circundantes de Caia, Montargil, Maranhão, Divor são outra maneira excelente de explorar a natureza e praticar desportos como o ski aquático, o remo, a vela e a canoagem. (5)
Adrenalina
Se for até Cabeço de Vide, pode trocar a água pelo ar e ir de balão até Évora, para quando chegar saltar de pára-quedas a 3.000 metros de altura sobre a cidade.
Caso não goste de voar, passe por Elvas e desfrute de um bom momento cultural no Museu de Arte Contemporânea, onde está patente uma parte da colecção de António Cachola, com mais de 300 obras de arte. Outra opção é uma aventura no circuito mineiro de Cercal do Alentejo ao Lousal, visitando a importante mina de Aljustrel, passando por Castro Verde e subindo atè às fantásticas minas de S. Domingos onde encontra museus nas antigas instalações, visitas guiadas e passeios. na descoberta deste original património industrial e geológico.
Não pode deixar de ir até às margens do Alqueva onde o aconselho a uma visita ao Parque Natural do Noudar. E ao fim da tarde quando as cores quentes enchem o céu, admire o pôr-do-sol e encha o peito com todo este maravilhoso alentejo.
Para os mais jovens, aqui fica uma dica de programa. Comece pelo fim de tarde na praia da Zambujeira do Mar. Depois é só subir porque até Tróia há muitos areais para descobrir. E não esqueçam no início de agosto o “Festival do Sudoeste” na Zambujeira, o “Festival do Crato” na vila com este nome, e no fim de julho as “Músicas do Mundo” em Sines. É fantástico o ambiente, principalmente com tanta gente jovem que vem de todo o mundo e trasforma o alentejo numa das zonas mais cosmopolitas de Portugal durante o verão.
Saberes e sabores
Saber receber é uma arte que está profundamente enraizada no “saber alentejano”. Quem visita a região depara com imensos tesouros da gastronomia, dos vinhos, dos queijos e da doçaria mas a mais importante, é sem dúvida nenhuma, a simpatia que brota do coração alentejano com uma generosidade ilimitada.
Deixe-se perder por aldeias e lugarejos. Procure os seus aromas e sabores e sobretudo descubra os segredos gastronómicos desta terra.