Criado por Jorge Sá Silva, pretende ser um elo de ligação entre os problemas sociais e um conjunto de recursos humanos com capacidade e vontade para os resolver
Um professor e investigador do Departamento de Engenharia Informática da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), venceu da categoria ‘Economia social’ o concurso ‘Santa Casa Challenge’, promovido pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML)
O projeto ‘Tech4SocialChange’ de Jorge Sá Silva, que propõe a criação de um Laboratório de Investigação Social baseado na Web e permite “tirar partido de soluções de baixo custo da Internet das Coisas para a resolução de vários problemas sociais”, chamou a atenção do juri, que lhe atribuiu o primeiro prémio na categoria ‘Economia social’.
O projeto “apresenta-se como um elo de ligação entre os problemas sociais e um conjunto de recursos humanos de base académica que dispõe da capacidade e vontade para os resolver”, explcia o docente da FCTUC. O ‘Tech4SocialChange’ é mantido por uma comunidade de estudantes, professores, investigadores e engenheiros “apaixonados pelo impacto social e que querem dar algum do seu tempo para apoiarem projetos sociais com que se identificam e para resolverem problemas que lhes tocam”, acrescenta o também investigador.
O prémio, no valor de cinco mil euros, é visto por Jorge Sá Silva como “um incentivo muito importante para o grupo de investigação”, mas assume “principal importância pelo reconhecimento” que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa atribui ao projeto”.
Por outro lado, defende que a participação da SCML no ‘Tech4SocialChange’ “vai permitir aproximar organizações sociais e a comunidade académica na criação de soluções inovadoras para problemas sociais”, conclui Jorge Sá Silva.
O ‘Santa Casa Challenge’ foi lançado com o objetivo encontrar e premiar as melhores soluções tecnológicas para quatro áreas de intervenção da SCML: saúde, ação social, cultura e património e economia social.
“As soluções apresentadas deverão originar dispositivos, aplicativos, conteúdos digitais, serviços web ou de comunicação, e ter aplicabilidade prática”, explica uma nota sobre o concurso onde se lê ainda que esses projetos podem resultar de novas ideias ou da aplicação de ideias existentes e estar desenvolvidos ou em fase de desenvolvimento, mas não podem ter sido comercializados ou estar disponíveis no mercado.
As soluções tecnológicas vencedoras poderão ter a possibilidade de desenvolver um projeto-piloto em equipamentos ou serviços da Santa Casa, caso este seja considerado adequado e oportuno.