A Condi Alimentar é uma das marcas mais inovadoras no mercado das gelatinas e preparados para bolos, mousses e pudins, entre outros produtos. O ‘Mundo Português’ esteve com João Pires, presidente do Conselho de Administração, que nos falou sobre os desafios num mercado onde a inovação é uma constante e a aposta na exportação segue uma estratégia de crescimento sustentado.
Fundada em 1991, a Condi Alimentar, é uma empresa de cariz familiar que possui duas áreas de produção e mais de 100 funcionários. Apesar de na sua génese ter começado pelas especiarias, hoje é uma das marcas mais inovadoras no mercado das gelatinas e preparados para bolos, mousses e pudins.
Foi a Condi que, no mercado das Gelatinas, lançou as primeiras gelatinas Light (sem açúcar) em Portugal, contando hoje com a maior variedade de sabores.
Outro segmento de destaque são os preparados para Bolos Condi que, usando os mesmos ingredientes que um bolo caseiro, são uma grande aposta da empresa.
E como a inovação é uma constante nesta empresa, no final de 2014, a Condi lançou um produto inovador no mercado: o Bolo de Chocolate 1 minuto (bolo no copo), um produto inspirado no bolo da caneca, que revolucionou o mercado: com um pouco de água e um microondas e em 1 minuto pode fazer-se um bolo de chocolate.
A Condi nasce do segmento especiarias mas hoje é destaque nas sobremesas…
A Condi nasce de uma empresa que tínhamos, que era líder de mercado em Portugal, em especiarias: a marca Margão. Foi uma empresa que acabámos por vender e fundámos a Condi. No início, explorámos o mercado das especiarias sobretudo a nível nacional. Estamos a falar de há mais de 20 anos… Naquela altura sentimos alguma dificuldade em penetrar no mercado porque estavam a surgir as marcas próprias e a marca Margão tinha efetivamente um peso importante. Teríamos que ter uma estratégia com um investimento avultado e não era esse o caminho que desejávamos.
Fomos assim criando aos poucos outras categorias e hoje em dia, sem dúvida, as especiarias é um negócio que mantemos mas não investimos nele.
Investimos sim na categoria que criámos que é a das sobremesas. É uma aposta clara nesta categoria e já chegámos a um patamar de uma certa importância. Conseguimos fazer frente a uma marca de referência, que existe desde que me lembro, e isso tem a sua importância.
A criação dos produtos light acabou por ser uma inovação…
Criámos um segmento que não existia em Portugal que eram os produtos light. Entretanto já foram copiados por várias marcas, incluindo a marca que referenciei: a Royal. Hoje, se falarmos em Portugal, somos líderes de mercado.
A ideia de criar outra categoria de produtos também estava relacionada com a ambição de queremos ir para outros mercados.
A exportação começou por quais mercados?
A ideia de exportar esteve sempre presente e começámos por procurar os mercados mais lógicos que eram os PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa), onde hoje temos uma forte presença, sendo um mercado muito importante para nós.
Fomos penetrando noutros mercados, também através da SISAB PORTUGAL, onde estivemos presentes e onde estabelecemos alguns contatos sobretudo para outros países onde temos mais portugueses a residir. Mercados onde ainda hoje temos alguma presença.
Em países como a França e o Luxemburgo – e são apenas dois exemplos onde a presença portuguesa é forte – penso até que pode crescer e que continuam a ser mercados que podem ser interessantes.
Temos feito uma aposta forte nesses dois mercados, onde já temos uma presença interessante, quer seja directa ou através de distribuidores.
O ‘Bolo 1 Minuto’ tem sido um sucesso…
Criamos uma nova linha de produtos que são bolos, nomeadamente o “Bolo 1 Minuto”, e estamos a colocar este produto, não só em França, mas também na Alemanha, nos Estados Unidos. Estamos a procurar mercados maduros. É uma nova era.
Já estamos num mercado muito importante que é a Holanda.
A exportação continua a ser a aposta da Condi…
Neste momento a exportação vale cerca de 40 por cento. Temos a ambição de novos mercados como, por exemplo, a Jordânia, onde já temos contatos.
Mas o importante é criar alicerces que sustentem o futuro, conhecer bem a nossa concorrência e responder às necessidades dos mercados.
Mesmo aqueles cujas culturas nos parecem próximas. Mesmo nesses países há grandes diferenças: numa Bélgica ou numa Holanda um produto que tenha chocolate tem que ter um sabor muito intenso, por exemplo.
As receitas nem sempre são as mesmas em todos os mercados.
Entre tantos produtos que temos, tantos mercados e tantas diferenças há muito por onde trabalhar e é isso que queremos fazer para crescer.
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