Nelson Martins, maestro e professor de música na Union Accordeoniste Carougeoise em entrevista

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Nelson Martins nasceu em Chaves. Partiu com a família para Genebra tinha apenas um mês de idade. A paixão pelo acordeão nasceu das vindas a Portugal nas férias de verão onde ouvia um primo tocar o instrumento. Com apenas 9 anos de idade decidiu aprender e com 14 recebeu o seu primeiro acordeão. Desde aí iniciou uma carreira ao serviço do ensino e divulgação da música e do acordeão em Genebra, na Suíça.

Como surge a Union Accordeoniste Carougeoise?
A nossa associação é privada, foi criada por professores diplomados e faz parte do departamento público de ensino tendo os seus exames reconhecidos pelas entidades oficiais.
Temos a possibilidade de dar aulas individuais a crianças e adultos, mas também a grupos.

(…) Sempre quis ser professor de música e sobretudo acordeão, mas em escola privada porque quero ensinar aqueles que querem aprender. Estou nesta escola desde 2006 onde sou professor e diretor de orquestra e sinto-me realizado. Como escola de música temos uma boa reputação aqui em Genebra e está a correr melhor de dia para dia, cada vez mais pessoas gostam disto (…)

E a Orquestra? Acabou por aparecer por necessidade?
Todas as semanas ensaiamos juntos cerca de duas horas e meia, então criámos esta Orquestra.
Também temos vários concertos durante o ano e para além disso, organizamos duas festas de gala para mostrar o resultado do trabalho desenvolvido durante o ano com os alunos.
Temos a sala de espetáculos de Carouge, uma grande sala, onde temos a oportunidade de realizar os nossos eventos.
Tem muitos alunos nas aulas de música?
Atualmente temos 24 alunos e alguns são portugueses. A maior parte são suíços, há franceses e seis são portugueses. Há também de outros países, o acordeão está espalhado um pouco por todo o mundo.

Como é que surgiu a paixão pelo acordeão?
Eu nasci em Chaves, sou transmontano, vim para Genebra com um mês de idade. Comecei a tocar acordeão por causa de um primo meu que estava em Portugal e quando nas férias de verão o ouvi tocar, disse aos meus pais que queria aprender.
Desde aí, aos 9 anos, comecei a aprender e com 14 anos de idade os meus pais compraram-me o primeiro acordeão. Sempre quis ser professor de música e sobretudo acordeão, mas em escola privada porque quero ensinar aqueles que querem aprender. Estou nesta escola desde 2006 onde sou professor e diretor de orquestra e sinto-me realizado.
Como escola de música temos uma boa reputação aqui em Genebra e está a correr melhor de dia para dia, cada vez mais pessoas gostam disto.

Como está a procura da aprendizagem do acordeão na Suíça?
Há alguns anos atrás houve uma baixa muito grande na procura da aprendizagem do acordeão, as escolas aqui em Genebra tiveram bastante dificuldade, mas hoje em dia houve como que um rejuvenescer do acordeão com um aumento de alunos, adultos, mas também crianças que são o mais importante para nós, porque podem trabalhar e evoluir. Porque é preciso jovens a tocar o instrumento.
O acordeão não é só aquilo que normalmente conhecemos, as músicas tradicionais, há também outros estilos, como o bal musette, muito conhecido aqui na Suíça e designadamente o clássico, onde o acordeão ainda não é muito conhecido.
Nós tocamos desde Beatles, ABBA, vários temas diferentes daquilo a que estamos habituados.

E qual a sua opinião acerca do acordeão em Portugal?
Em Portugal sei que existem grandes escolas de acordeão. Conheço muito bem uma em Faro. Portugal faz-se sempre representar no troféu mundial do acordeão e os alunos têm normalmente muita qualidade.

(…) Há alguns anos atrás houve uma baixa muito grande na procura da aprendizagem do acordeão, as escolas aqui em Genebra tiveram bastante dificuldade, mas hoje em dia houve como que um rejuvenescer do acordeão com um aumento de alunos, adultos, mas também crianças que são o mais importante para nós, porque podem trabalhar e evoluir (…)

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