O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, elogiou no discurso das comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, no Terreiro do Paço, em Lisboa, o povo português, “o povo armado e não armado”, que, “nos momentos de crise, quando a pátria é posta à prova”, assumiu o “papel determinante”.
“Foi o povo quem, nos momentos de crise, soube compreender os sacrifícios e privações em favor de um futuro mais digno e mais justo. O povo, sempre o povo, a lutar por Portugal. Mesmo quando algumas elites – ou melhor, as que como tal se julgavam – nos falharam, em troca de prebendas vantajosas, de títulos pomposos, meros ouropéis luzidios, de autocontemplações deslumbradas ou simplesmente tiveram medo de ver a realidade e de decidir com visão e sem preconceitos” disse.
“Mais tarde em Paris condecorarei, em nome de todos nós, alguns portugueses que durante os recentes atentados não hesitaram por um instante em dar abrigo e salvar quem fugia da destruição e da morte. Também eles são um exemplo de solidariedade e de humanismo, que devem ser realçados, mostrando assim que estamos atentos e gratos a todos esses portugueses que, ainda que longe, nos honram e nos orgulham, fazendo-nos vibrar por pertencermos à pátria que somos” acrescentou.
“Somos portugueses, como sempre triunfaremos.” disse ainda.
As cerimónias do 10 de Junho estendem-se a Paris, cidade onde à tarde Marcelo Rebelo de Sousa condecorará emigrantes portugueses que assistiram vítimas do atentado terrorista de há sete meses na capital francesa.