Tony Carreira: “Tenho muito orgulho em ser português”

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Tony Carreira fala sobre o seu percurso artístico e a sua ligação a Portugal e a França. E avança que vai estar presente no próximo dia 28 de maio em Levallois, nos arredores de Paris, para uma sessão de autógrafos. O Mundo Português vai lá estar…

Em 25 anos de carreira, gravou 15 álbuns originais e vendeu mais de quatro milhões de discos. Que importância têm estes números para si?
O que eu vou responder é um contra-senso. Claro que é muito importante, são números que refletem não só os anos de carreira como a quantidade de discos vendidos. Para ser sincero, a quantidade de discos gravados não sei quantos foram.
Sei que com os ouvidos andamos perto dos 20, mas provavelmente serão 15, mas não é isso que me move, é claro que é bom saber que tanta gente já comprou a minha música, é bom saber que continuo vivo artisticamente no fim de tantos anos, e portanto continuo a gravar discos. É muito bom, mas não penso nisso no dia-a-dia.

A imagem que temos de si, é que o Tony era um menino cheio de sonhos. Hoje, o que subjaz desse menino?
Os meninos todos sonham, e eu sou e fui como outros tantos, um sonhador. Mas não é só o facto de sonhar que conseguimos as coisas. Podemos ter um sonho, e até sonhar muito alto, mas se não fizermos nada o sonho nunca se realiza. É importante sonhar, é importante ter um sonho, é importante ter um objetivo e depois é necessário trabalhar.

Esgotou 16 vezes o pavilhão atlântico. É um mérito que ainda não vimos noutro artista nacional. Qual é o segredo? Que ligação é esta que o Tony tem com o público que faz com que eles estejam sempre presentes?
Em 28 anos colocaram-me muitas perguntas em muitas entrevistas, essa é a pergunta que mais me colocaram.
Não tenho resposta. Não sei, porque não há segredo. Eu diria que há várias componentes, e então, poderei dizer que há vários segredos. Há talento, há sorte, há muito trabalho, há coisas que acontecem numa segunda-feira que se forem numa sexta podem não acontecer, portanto há o destino.
Há tanta coisa à mistura. O primeiro coliseu que eu fiz, eu gravei-o logo, fizemos logo um DVD desse concerto, como logo o primeiro Olympia , como logo o primeiro Atlântico, em todas as primeiras salas que eu fiz desse género gravámos logo os concertos ao vivo, porque eu não tinha a certeza – aliás estava muito longe da certeza – se um dia voltaria àquelas salas, e desde então, já cantei mais 15 vezes no Olympia, mais 15 vezes nos coliseus, mais 15 vezes no Pavilhão Atlântico, MEO Arena hoje.
Claro que fico muito feliz por ser o artista português – incluindo os artistas internacionais – o artista que mais vezes cantou no Pavilhão Atlântico. Fico muito feliz, mas claro que não sonhava com tudo isto quando comecei.

Apesar da sua música ser cada vez mais apreciada também por homens, sabemos que a maioria da multidão que o segue são mulheres. Acha que as mulheres gostam muito de si porque canta o que elas sentem?
Acho que isso se resume de uma outra forma. Exceto no heavy metal a maioria do público é feminino. Agora é claro que “num cantor de canções de amor”, num cantor romântico, claro que há mais mulheres que homens, mas também não me queixo disso. Prefiro ter uma plateia de mulheres ao invés de ter uma plateia só com “tipos” com barba e bigode (risos).

No próximo fim de semana vai estar presente numa ação do E.leclerc, com o apoio da Agribéria e do Mundo Português, e em França. Porque é que abraçou esta iniciativa?
Bastante por amizade. Porque me pediram. Porque é a semana dos produtos portugueses, e eu, em nome da amizade das pessoas que estão ligadas a este evento aceitei.
Tenho muito orgulho em ser português, mas muito mesmo. Tenho falado, desde há muitos anos sobre este orgulho de ser português – uma característica muito vincada em mim -, talvez porque também vivi fora de Portugal muitos anos. Outra das razões que me levou a abraçar esta iniciativa é que as pessoas que defendem também têm o mesmo orgulho e com tudo isto à mistura, achei que sim, que valia a pena aceitar o convite.

Qual a importância do mercado francês na sua vida?
França é a minha segunda casa. Eu vivi perto de Paris durante 27 anos portanto há uma afinidade muito grande, há laços, há amizade, há histórias vividas. Não é uma terra estranha para mim, é uma terra que eu gosto.
Quando eu vivia lá o meu sonho era sempre um dia voltar. Agora que voltei, tenho a certeza que estou no sítio certo, porque acima do orgulho que tenho em ser português e viver na minha terra – que realmente me diz muito -, eu acho que Portugal é realmente um país maravilhoso para viver e por vezes por uma coisa que ninguém fala – a qualidade dos portugueses, da bondade dos portugueses, da generosidade dos portugueses. Não há ninguém que venha a Portugal e que não vá encantado com o nosso país nesse sentido.
O português é acolhedor, é simpático naturalmente. E quanto mais viajo hoje, mais tenho a certeza que quero viver aqui. Mas, tudo isto, não invalida em nada, o eu continuar a gostar de uma terra que me acolheu, uma terra onde eu ainda tenho muitos amigos e pela qual tenho o maior respeito e gratidão.

Nesta ação que vai decorrer em França, o Tony não vai cantar, apenas vai estar presente a dar autógrafos. Acha importante esta forma diferente de estar com o público?
Há muitas ações que eu faço sem cantar. Há oito anos consecutivos que sou embaixador do cancro da mama e para mim, é um dos eventos mais bonitos que eu faço. Apenas estou lá.
Claro que me costumam pedir para cantar uma canção, e canto, mas o que me leva ali não é cantar, é o evento em si, é defender aquela causa. Também já estive ligado à cruz vermelha, à esclerose múltipla, a coisas um bocado dramáticas mas que temos de defender com um sorriso, porque já em si, a causa é um drama.
Portanto eu em cada concerto que faça tenho um contato muito próximo com o público, porque estou ali horas e horas a dar autógrafos, a falar com as pessoas, porque não estou ali só para assinar, portanto o contato com as pessoas é uma coisa que eu gosto.
Ainda hoje fui à praça, e claro que quando vou à praça aquilo parece não sei bem o quê, mas eu gosto disso, eu gosto da confusão, eu gosto de estar próximo das pessoas.
Sinto-me como um peixe dentro de água quando estou em contato direto com as pessoas. Quem me conhece bem sabe que eu gosto muito de falar com as pessoas.

Que sonhos lhe faltam realizar?
Há um que já não consigo, que é o sonho de ter 30 anos (risos), e isso já foi.
Recordando uma pergunta que me fez “o  que é que resta da criança?”, eu no fundo continuo a sonhar, e ainda há muitas coisas em mim desse tempo – graças a deus -, porque continuo a sonhar, continuo a acreditar no pai natal, continuo a acreditar em muitas coisas, e é isso que faz com que um artista esteja vivo, e portanto continuarei a sonhar, a acreditar que posso cantar ainda muitos mais anos, espero ter saúde muitos anos, ver as pessoas que mais amo à minha volta, que me dão energia, que me dão força, que me dão alegria, vê-las por muitos, muitos anos.
Quanto ao artista, se a minha carreira parasse hoje a vida já me deu muito mais do que eu esperava, claro que quero mais, mas teria de ser grato à mesma.

VENHA PEDIR UM AUTÓGRAFO E TIRAR UMA FOTOGRAFIA COM O TONY CARREIRA
No próximo dia 28 de maio, pelas 15h, o Tony Carreira vai estar presente no E.leclerc de Levalois, nos arredores de Paris, para uma sessão de autógrafos.
Apaixonado pelo seu segundo país, França, e pelos produtos portugueses, Tony Carreira aceitou de imediato o convite para estar junto do seu público para uma sessão de autógrafos, dando-lhe a si, a oportunidade de tirar uma fotografia com o artista português internacionalmente reconhecido.
Uma iniciativa do E.leclerc, e que conta com o apoio da Agribéria e do Mundo Português. E este semanário irá acompanhar esta ação com uma equipa para registar mais uma vez, o feliz encontro do Tony Carreira com os seus fãs.
No dia seguinte, o jornal vai voltar a estar junto da comunidade portuguesa em França, na missa em português, que tem lugar aos domingos, pelas 11 horas na Igreja de Nossa Senhora de Fátima em Paris (48b, Boulevard Serurier).
Para nós, é um privilégio voltar a estar junto da comunidade e continuar a acompanhar o dia-a-dia dos portugueses em França. Aos nossos amigos e leitores, contamos com a vossa presença já no próximo dia 28 e 29 de maio.
Recorde-se que este ano, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai estar presente no dia 10 de junho (Dia de Portugal, Dia de Camões e das Comunidades Portuguesas), numa edição inédita das comemorações oficiais, que serão centralizadas em Paris numa vasta homenagem às comunidades portuguesas.
O Mundo Português reconhecendo a importância desta e de todas as comunidades portuguesas, também irá estar presente nesta data, comemorando consigo este que é o dia de todos os portugueses.

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