O maior túnel mineiro da Península Ibérica abre a região transmontana ao exterior

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Atravessar a serra do Marão por baixo da terra, em segurança e comodidade, através do maior túnel mineiro rodoviário da Península Ibérica é uma realidade. Em apensas 4 minutos, circulando à velocidade de segurança, a obra surge 16 anos depois d eter sido lançado o Plano Rodoviário Nacional 2000 e o IP4/A4 foi sendo construído em diferentes fases e sob gestão de entidades distintas. O início dos trabalhos de construção tem lugar em 2009, em 2013 o contrato de concessão sofre rescisão por parte do estado Português e em 2014 retomam as empreitadas. O Marão tornou-se tangível e definitivamente a região abre-se ao exterior, quer porque está garantida a conetividade com a Espanha e Resto da  Europa, quer porque a  acessibilidade ao grande Porto e Litoral ficou definitivamente assegurada…    

O grande mérito do túnel do Marão e da auto-estrada até Bragança  é a segurança rodoviária que o IP4 não oferecia, que devido à altitude era um perigo com neve e gelo e outro sem dúvida alguma, será o seu impacto no desenvolvimento da região.  Murça, Mirandela, Chaves, Régua, Vila Real, Bragança ou Macedo de Cavaleiros estavam melhores passam a estar “muito mais próximas” de Madrid, da Europa, do Porto, de Lisboa.
A qualidade de vida de uma região não se avalia apenas pelo número de pessoas que ali vivem, mas também por quem lá trabalha e por quem a visita e vai deixar de fazer sentido o provérbio “para lá do Marão, mandam os que lá estão”. A orografia acidentada e a severidade das condições climatéricas, bem ditada no velho ditado “nove meses de inverno e três de inferno” marcaram a identidade de uma região que conheceu ao longo de várias décadas à debandada dos seus “filhos” pelos trilhos da emigração e com sucesso. Uma região isolada ou mal servida de transportes não tem as mesmas oportunidades que uma região com boas ligações aéreas, marítimas, ferroviárias e rodoviárias.
Até agora, a Trás-os-Montes faltava esta auto-estrada e se uma das maiores apetências de Trás-os-Montes e Alto Douro está no setor agrícola;  vinho, azeite, floresta, pecuária, nas frutas e hortícolas e no turismo, tem agora uma mais valia que já deveria ter sido construída há mais tempo. Nas primeiras 24 horas após a abertura oficial ao trânsito, passaram pela Autoestrada do Marão – Túnel do Marão, 17.882 veículos, segundo dados da Infraestruturas de Portugal. Com a inauguração, a 7 de Junho pelo primeiro-ministro, António Costa,  abriu também a Autoestrada do Marão, que incluiu o túnel rodoviário. Esta nova via liga Amarante a Vila Real e conclui a Autoestrada 4 (A4) do Porto até Bragança. O preço da portagem cobrada nos cerca de 30 quilómetros da Autoestrada do Marão é de 1,95 euros (veículos classe 1), 3,40 euros (classe 2), 4,40 euros (classe 3) e 4,90 euros (classe 4).
O Túnel do Marão rasga finalmente a serra e agora é  a alternativa ao IP4, uma estrada com traçado de montanha, com subidas e descidas acentuadas, e que foi palco para muitos e graves acidentes.

Segurança máxima
Tem seis quilómetros e custou 88 milhões de euros, dos quais cerca de 17 milhões foram reservados para equipamentos de segurança. Percorrê-lo vai custar entre 1,95 euros (classe 1) e 4,90 euros (classe 4).
Tem sistema de videovigilância e de detecção automática de incidente. Testados os sistemas que garantem a segurança, o Túnel do Marão cumpre todos os requisitos de segurança” e, em algumas situações, vai até para além do que é imposto por lei, como, por exemplo, a nível das bocas-de-incêndio que estão colocadas de 180 em 180 metros, quando a lei impõe 200, ou nas galerias de emergência que distanciam 400 metros e em que a lei estabelece 500.
O empreendimento inclui dois túneis, duas galerias gémeas, que foram construídos em paralelo e está coberto por um sistema de videovigilância e de detecção automática de incidente. Em situações de anomalia, carro parado ou incêndio, “a câmara mais próxima do local foca a anomalia, puxa a situação para o ‘vídeo hall’ do centro de controlo onde em permanência estão dois operadores”.
Ao longo de toda a extensão do túnel existem dois passadiços para encaminhar os utentes para as 13 passagens de emergência, seis das quais permitem a passagem dos veículos para a outra galeria que poderá ser encerrada para a evacuação ou passagem dos veículos de emergência.
No interior existem telefones de emergência, rede de telemóvel para facilitar as comunicações e 72 ventiladores. O túnel possui também uma coluna de água que percorre toda extensão e alimenta as bocas-de-incêndio. Possui ainda sensores de opacidade, de gases como monóxido de carbono e óxido nítrico, de diferenças de temperatura, de medição de velocidade, de orientação e de iluminação.

SABIA QUE:
– O túnel custou 88 milhões de euros, dos quais cerca de 17 milhões de euros foram reservados para os equipamentos de segurança.
– O Túnel do Marão tem quase seis quilómetros de extensão, inclinação constante de 2,5% e 160 metros de desnível entre extremidades.
– A velocidade máxima pela travessia do Marão é 100 quilómetros/hora e a altura máxima permitida para os veículos é de cinco metros.
– Não houve nenhum acidente mortal com trabalhadores
– No total, foram 1.710.000 as horas trabalhadas
– Foram escavados em túnel quase 1.400.000 m3
– Foram usados quase 350.000 m3 de betão projetado e 1.800.000 de betão pronto.
– Chegaram a trabalhar em simultâneo 786 pessoas, dos quais 120 mineiros diretamente na frente das escavações.

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