A Quinta da Espinhosa surgiu há perto de 50 anos fruto da força e da vontade de Alberto Oliveira Pinto que emigrado em África enviava remessas ao pai para adquirir terrenos na sua terra natal. Em plena região demarcada do Dão conseguiu adquirir pequenas parcelas de terrenos e veio a ser um dos primeiros produtores engarrafadores da região do Dão. Hoje é o filho Alberto Pinto que dirige o rumo desta empresa familiar e representa a terceira geração nos comandos deste projeto de produção de vinhos de elevada qualidade.
A Quinta da Espinhosa tem no seu portefólio alguns dos mais prestigiados vinhos do Dão?
Nós temos uma gama de vinhos brancos, vinhos tintos e, desde há alguns anos, temos também algum Rosé. Mas o nosso mercado, e principal foco, é nos vinhos brancos e tintos.
A nossa marca é a Quinta da Espinhosa e estamos, também, a trabalhar no Colibri, que é a nossa marca para exportação e que vamos reativar novamente este ano, só para vinhos de gamas mais altas. Do nosso portefólio fazem parte também os Colheitas, os Reservas e os Grandes Reservas. Tudo depende do que pretendemos e dos mercados que queremos atingir. Temos uma linha condutora mas vamos gerindo as coisas de maneira a conseguir satisfazer o que o mercado nos exige.
Qual o factor de diferenciação nos vossos vinhos?
A melhor forma de distinguir as características que nos distinguem é provando os nossos vinhos que acreditamos serem diferentes. Nós tentamos seguir uma linha condutora, há já algum tempo, não tentamos ir em modas. Isto por vezes custa-nos alguns clientes, porque procuram um determinado tipo de vinhos e nós tentamos seguir as nossas características, aproveitar o que a terra nos dá.
Não procuramos ser o Douro, nem o Alentejo, porque, de facto, somos o Dão. E o Dão já esteve na moda, voltará a estar na moda, e estará sempre na moda, porque as pessoas quando provam de certeza que gostam, a qualidade média dos nossos vinhos é muito boa.
(…) A melhor forma de distinguir as características que nos distinguem é provando os nossos vinhos que acreditamos serem diferentes. Nós tentamos seguir uma linha condutora, há já algum tempo, não tentamos ir em modas . Isto por vezes custa-nos alguns clientes (…)
Já têm algum volume de exportação? Em que mercados?
Neste momento o nosso maior mercado é a China.
Estamos também presentes no mercado europeu, na Suécia, na Suíça, na Alemanha, em França ou na Bélgica.
E estamos também noutros mercados mais pontuais, porque a nossa produção é limitada.
Estamos em negociações com os Estados Unidos mas, neste momento, o nosso maior mercado é a China que, curiosamente, aprecia vinhos de alta qualidade e, outra curiosidade, é que quer que os rótulos dos vinhos sejam escritos em Português para mostrar a tipicidade e, de facto, de onde é que os vinhos são provenientes..
No fundo, como a nossa produção é limitada, acabamos por ter clientes de há muitos anos, amigos, que vão levando umas caixas para os países onde vivem. Pequenos importadores, que acabam por fazer um tipo de trabalho diferente, não em grandes superfícies, mas mais específico, em garrafeiras, hotéis e restaurantes especializados. Felizmente, temos conseguido escoar as nossas produções e as pessoas têm gostado que é o nosso principal objetivo.