A Quinta da Madre de Água é o refúgio certo para partir à descoberta de uma das regiões mais emblemáticas de Portugal. Apenas a cinco minutos de Gouveia proporciona a atmosfera ideal para viver o que há de mais autêntico e tradicional nesta região do país. Dotada de um Hotel Rural esta quinta desenvolve um projeto ímpar na produção de vinhos na Região Demarcada do Dão e queijos Serra da Estrela de excelência. Os cães de raça Serra da Estrela, os Cavalos Lusitanos e os rebanhos de cabras completam o cenário desta Quinta, em si mesma uma experiência rural imperdível.
Conte-nos a história da Quinta da Madre de Água?
É uma história ainda jovem mas também com o seu devido interesse. Tudo começou pelo desejo de um jovem casal em voltar às origens.
A proprietária tem origens aqui, em Vinhal, e o marido apaixonou-se pela região, e por esta zona específica. E então, surgiu a oportunidade de comprar esta primeira quinta – a Madre de Água.
Posteriormente alargaram horizontes, surgiram mais oportunidades e contamos, atualmente, com um total de quatro quintas, na sua totalidade, de 60 hectares. Dedicamo-nos ao turismo, à hotelaria e restauração em que associamos todos os produtos que produzimos, desde o vinho, a fruta e o queijo. Temos hoje, uma queijaria, uma vez que temos um rebanho de Ovelha Bordaleira.
(…) O objetivo é ter um produto diferenciado, de excelência, sempre certificado, tanto no vinho, como no queijo. Embora ainda não tenhamos as vinhas certificadas como biológicas, todos os tratamentos que fazemos são sempre o mais natural possível (…)
De que experiências podem usufruir os hospedes do Hotel?
Todos os nossos hóspedes têm a possibilidade, para além da estadia relaxante e da envolvência, de interagir com os nossos animais. Fazemos sempre uma visita guiada pelo projeto, que está em constante crescimento. Isto, porque o projeto surge muito pela paixão dos proprietários pelos animais. Nós contamos hoje com cerca de 700 animais, entre ovelhas, cabras, cavalos, cães, gatos.
Os hóspedes podem participar na ordenha, têm a oportunidade de conviver com as pessoas que cá estão e conversar sobre o tema, apanhar cerejas e levar para casa…Temos uma panóplia de atividades bastante diferentes ao longo do ano e em que os nossos visitantes podem, efetivamente, participar.
Para além do projeto turístico, a Quinta da Madre de Água produz vinhos e queijos com recurso a técnicas tradicionais? Porquê esta aposta?
O objetivo é ter um produto diferenciado, de excelência, sempre certificado, tanto no vinho, como no queijo. Embora ainda não tenhamos as vinhas certificadas como biológicas, todos os tratamentos que fazemos são sempre o mais natural possível.
Temos alguns mecanismos que nos permitem fazer esses tratamentos, como, por exemplo, uma roseira em cada fileira de vinha, acaba por ser um tratamento biológico.
Em termos do queijo, acontece exatamente a mesma coisa, a alimentação feita pelos nossos animais é toda feita através de pasto e, nesse sentido, é sempre aquilo que a natureza de melhor nos dá e que se vai transformar num produto diferenciado e, naturalmente, de excelência.
Onde podemos encontrar os vossos produtos?
Neste momento estamos a avançar com a parte da comercialização. Só no ano passado conseguimos ter os produtos totalmente finalizados desde o engarrafamento, à rotulagem, o produto final, digamos assim.
Neste momento, o nosso mercado-alvo, será sempre mercados gourmet. Neste mercado muito específico, quer pela excelência dos mesmos, assim como o valor que está associado em tudo o que fazemos aqui, no dia-a-dia ao invés da mecanização, preferimos sempre a vertente humana e isso reflete-se nos nossos produtos.
(…) É preferível, embora possa levar algum tempo, alcançar determinados objetivos de excelência. Esse será sempre o objetivo para chegar aos nichos de mercado com poder económico e com capacidade de apreciar o produto final. É, não ser mais um, mas sim algo diferente (…)
Já tendo alguma colocação a nível nacional, têm o objetivo de partir para a exportação. Foi um objetivo da empresa, desde a sua criação?
Sim, terá sido desde a raiz, precisamente, pelo facto de haver uma produção, não em quantidade, mas em qualidade, mais uma vez, referimos a excelência daquilo que produzimos, no sentido de que é preferível, embora possa levar algum tempo, alcançar determinados objetivos de excelência. Esse será sempre o objetivo para chegar aos nichos de mercado com poder económico e com capacidade de apreciar o produto final. É, não ser mais um, mas sim algo diferente.