Jean Pina imaginou-o há dois anos e concretizou-o agora. Primeiro, num jardim de Montesson, aconselhou-se e deu a conhecer a sua ideia e projeto a Vitalino d´Ascensão, director Geral da Seguradora Império: “levar a Guarda mais longe e ajudar as empresas da Guarda e produtores a venderem em França os seus produtos e a criarem negócios”, pois sabe de que fibra é feito um beirão, um beirão da Beira Alta e que, por sua conta própria e risco e com elevado investimento monetário, tratou de fazer o que cabe às autarquias e instituição públicas e empresariais. Pela Guarda levou uma “embaixada” empresarial da Guarda a Paris e conseguiu com sucesso e também apoio das instituições que os acolheram…
Jean Pina, que nasceu em 1967 na aldeia dos Trinta, no concelho da Guarda, uma aldeia que empregou em tempo quase toda a sua população na indústria têxtil e que hoje já não emprega, bem como o seu concelho que viu perder grandes empresas que davam emprego, emigrou com 21 anos para França, como muitos portugueses. Hoje subindo na vida a pulso, é o presidente e director geral do Grupo Pina Jean, situado em Montesson. Não esquece a sua aldeia, antes pelo contrário, nem a sua região e cidade, e todos os anos, imbuído do seu espírito de cristão, de homem de grande fé em Nª Srª de Fátima, e correndo-lhe nas veias o fazer o bem e ser altruísta, apoia várias instituições na Guarda e é padrinho de mais de 10 crianças, que vivem em instituições sociais.
Como este jornal noticiou em dezembro, testemunhámos a alegria dos jovens, das crianças e dos idosos num jantar solidário e, não conhecendo Jean Pina, nem o seu bem fazer, “as crianças não mentem” e a prova estava aí, na Guarda, quais filhos correndo para o colo dos pais, as mesmas entravam na sala e corriam para este homem simples e bom.
ideia que partilhou com outro beirão
Imaginou um dia, há dois anos, e aconselhou-se e deu a conhecer a sua ideia, o seu projeto, num jardim de Montesson, a Vitalino d´Ascensão director Geral da Seguradora Império, beirão de nascimento, e que seria de, conforme referiu no seu discurso, “levar a Guarda mais longe e ajudar as empresas da Guarda e produtores a venderem em França os seus produtos e a criarem negócios”, pois sabe de que fibra é beirão, um beirão da Beira Alta e por sua conta própria e risco e com elevado investimento, tratou de fazer o que nenhum autarca da Guarda ou instituição pública, fez – levar uma “embaixada” empresarial da Guarda a Paris. Jean Pina não é político, não pertence a nenhuma associação e só o move um princípio – ajudar a sua terra.
“Eu quero provar em Paris que a Guarda tem poder económico para ir para a frente, porque temos esta fibra, a fibra empresarial, e por isso acreditei e aqueles que vieram nesta missão empresarial de Portugal também acreditaram que neste país. A França, o país que nos acolheu, pode ajudar a alavancar a economia e o tecido empresarial da Guarda, a minha terra, e o senhor cônsul, desde que o abordei, esteve ao meu lado e acreditou no sucesso desta vinda. Quero agradecer ao presidente da Associação dos Beirões, que acreditou e reuniu neste grupo 30 beirões associados e agradeço à Câmara na pessoa do Sr. Presidente Álvaro Amaro, à adjunta do presidente, Cecília Cardoso Amaro, à Glória Caetano e aos vários empresários convidados a sua vinda”, referiu no seu discurso de boas vindas no Consulado, perante sala repleta de convidados que depois degustaram os produtos que cada empresa representava , desde vinhos, azeite, enchidos e doces!
Sem a presença da Associação Comercial da Guarda e do NERGA (Núcleo Empresarial da Guarda), cuja missão é representar e defender as empresas e os empresários da região e apoiá-los nos domínios técnicos e económicos, sociais, de inovação, internacionalização, informação e formação, de modo a tornar o tecido empresarial cada vez mais competitivo. Estas organizações tinha obrigação de estarem presentes e aproveitar a “boleia” desta missão até pelo apoio a Jean Pina, já que esta sua proeza lhe custou muito dinheiro e tempo. Fomos convidados a acompanhar esta missão empresarial, um investimento da direção deste jornal em prol da informação e de dar a conhecer, a quem nos lê, com isenção e rigor, uma iniciativa de um “empresário emigrante” que, não se metendo em bicos de pés e por amor e só amor à sua Guarda, fez o que poucos ou nenhuns fazem!
Durante quatro dias, estivemos em Paris e, apesar de ter corrido tudo como planeou, “a 120%”, segundo nos dizia a missão da Guarda, teve oportunidades únicas e os empresários e os autarcas da Câmara da Guarda, além de serem recebidos, no Consulado, entre os dias 15 e 18 de março, a convite do Grupo Jean Pina contou com o apoio do Consulado Português em Paris, do Grupo “ Os Beirões”, esteve na Câmara de Paris (Hôtel de Ville), visitou empresas alimentares, a Associação de luso-eleitos Cívica (encontro político entre Presidente da Câmara e Paulo Marques, seu presidente, que também Álvaro Amaro foi recebido na Assembleia Nacional francês por um deputado francês), visitámos o “Supermercado Ibérico”, “Le Panier du Portugal”, “Sabores de Portugal” e “Portologia – La Maison des Porto” e a Câmara de Comércio e Indústria Franco-Portuguesa, que, segundo as nossas fontes de informação que não querem ser identificadas, usou uma “política de aproveitar a boleia” da ida do presidente da Câmara para assinar mais um acordo de cooperação económica e o seu cocktail de encerramento da sua 11ª assembleia geral, com os seus associados; realizado na Embaixada, para levar a comitiva, como convidada, que ali “entrou muda e saiu calada” ou seja, passou incógnita, ou seja eram mais uns, dos presentes que ali estavam!
Programa repleto de visitas
Antes, os empresários da Guarda tiveram um programa repleto de encontros e reuniões no sentido de criar oportunidades de negócio. O grupo era constituído pelas empresas com sede na Guarda – “Pastelaria Colmeia da Beira”, “Fumeiros da Guarda”, “Portugal Lands”, “Encosta Tour” e “Altitude – Business Angels da Guarda”. As empresas foram escolhidas de acordo com os produtos que se pretendiam promover e, por isso, a missão a Paris ia recheada com as queijadas raianas, o bolo da Guarda – D. Sancho, enchidos, presunto, queijo, compotas, frutos secos, azeite, mel e ofertas de turismo/viagens.
Este encontro foi para a Guarda uma oportunidade de crescimento comercial e uma das muitas iniciativas que o empresário tem feito em prol da sua cidade natal. Registe-se que o Groupe Pina Jean tem feito um esforço na promoção portuguesa em França e o empresário Jean Pina tem-se dedicado pessoalmente em prol de inúmeras causas associadas à Guarda. Por todo o trabalho desenvolvido, Jean Pina foi recentemente homenageado pelo município da Guarda com a entrega da Medalha de Mérito Municipal desta cidade e é também por isso que o presidente da Câmara Municipal da Guarda se associou à iniciativa, integrando esta comitiva e participando neste programa vasto.
As palavras de António Albuquerque Moniz, Cônsul Geral de Portugal em Paris, que fez as honras da “casa” perante uma sala com 130 convidados, são o testemunho. “Quando o senhor Jean Pina me contactou aqui no Consulado disse-lhe logo que teria todo o apoio aqui do Consulado e vejo que passado este período se empenhou muito e que fez os seus convites, para esta iniciativa que, a meu ver, é muito importante. Para além disso o Jean Pina, que para além de empresário tem participado em importantes acções de solidariedade em Portugal, como o jantar solidário na Guarda, onde participaram 400 pessoas, na sua grande maioria idosos de lares e centros de dia e crianças de instituições. Isto para dizer que é muito importante a vinda do presidente da câmara da Guarda, Álvaro Amaro, da adjunta do presidente, Cecília Amaro, e do grupo de empresários e produtores agro-alimentares dessa região, para terem contato com empresários aqui em França, visitarem empresas e também para terem bons contatos com os franceses, pois os franceses são nossos irmãos e tratam-nos muitíssimo bem e é o nosso segundo parceiro comercial, uma posição bem consolidada, a seguir a Espanha e, portanto, desejo sucesso a esta delegação. Por outro lado, como sabemos, o turismo francês em Portugal está a aumentar e que de igual modo são muitos os franceses que escolhem Portugal para morar. Há assim muitas oportunidades e Portugal precisa de investimento estrangeiro”.
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