A 450km do Porto e a 175km de Lisboa, a aldeia de Porto Côvo é um dos sítios mais procurados por locais e turistas. Situada no concelho de Sines, para além de ser uma aldeia piscatória, é também um forte pólo de interesse turístico.
Em Julho de 2015, a edição francesa do The Huffington Post, considerou que Porto Côvo tinha uma das mais belas praias do mundo.
Uma das grandes atrações desta vila da Costa Vicentina são as praias, procuradas principalmente pelas suas águas transparentes e pela areia fina e branca, aquecida pelo sol entre as falésias. A Praia Grande, situada junto à saída norte, caracteriza-se pelo imenso areal que detém e pelas falésias que abrigam do vento. Uma das mais concorridas no Verão, com bandeira azul, bastante frequentada por surfistas pelas boas ondas para a prática de surf. A Praia dos Buizinhos, chamada assim pela quantidade de conchas, nomeadamente búzios, espalhados pela areia, que eram usados no artesanato local. Apesar do areal de pequenas dimensões, que fica quase todo imerso aquando maré alta, não deixa de ser um ponto de excelência oferecendo a vista sobre um miradouro no topo da falésia.A Baía de Porto Côvo, apesar de desaconselhada a banhistas, não deixa de encantar pela sua praia de cascalho, na foz de um curso de água onde funciona o porto de pesca da vila. Há mais de 50 anos que aqui se cumpre a tradição, em Agosto, da corrida ao pato. A Praia do Banho adquiriu o seu nome por, todos os anos, no dia 29 de Agosto, segundo a tradição, um banho lá tomado equivaler a nove, por se acreditar ter a bênção de São João Batista. Durante a maré baixa, o tamanho do areal praticamente duplica. Entre todas as praias da região, encontram-se também a Praia Pequena e a Praia do Espingardeiro.
Para além das deslumbrantes praias, um dos pontos de grande interesse em Porto Côvo é a bonita Ilha do Pessegueiro, conhecida também pela canção de Rui Veloso. De arenito assente sobre xistos, é um dos postais ilustrados da região, recortado por rochas, com cerca de 340 metros de comprimento. O nome “Pessegueiro” deriva do termo latino “piscatorius” ou “piscarium”, por se acreditar que durante a época de ocupação da Península Ibérica, a ilha abrigou um pequeno centro piscatório, conforme atestam os vestígios, recentemente descobertos, de tanques de salga. Durante o Verão há visitas organizadas à ilha, de barco, que mantém vestígios de uma muralha e de um porto romano.