Diabetes: uma epidemia do século XXI

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É considerada a epidemia do século XXI, e em Portugal os números de novos casos têm vindo a aumentar. Estima-se que em 2030 a diabetes possa afetar cerca de 10% dos adultos em Portugal. É necessário conhecer esta doença e saber como a prevenir ou controlá-la para prevenir possíveis complicações futuras.

A diabetes é uma doença crónica que tem vindo a ganhar notoriedade nos últimos tempos. Muitos chamam a esta doença como “A nova epidemia do século XXI” e a verdade é que está a expandir-se a velocidades cada vez maiores. Estima-se que neste ano, cerca de 5 milhões de pessoas morrem por diabetes ou por causas relacionadas com ela.
Em 2014, a prevalência estimada da diabetes na população portuguesa foi de 13,1%, ou seja, mais de 1 milhão de pessoas com Diabetes e só em 2014 existiram mais de 54 mil novos casos de diabetes.
Para se poder interpretar estes dados é necessário compreender o que realmente é esta doença. Podemos dividir o nome da doença em diabetes (muita urina) e mellitus (adocicado).
Estes dois nomes vêm da era da Grécia Antiga, sendo que esta patologia era diagnosticada pela degustação da urina do doente, e se esta estivesse doce, significava que a pessoa tinha diabetes.
A diabetes mellitus pode ser classificada de várias formas: diabetes tipo I (insulinodepentendes), Diabetes tipo II (insulinoressistentes) e Diabetes gestacional, sendo os que têm maior incidência em Portugal a diabetes tipo I e II.
Na diabetes mellitus do tipo I o pâncreas perde a capacidade de produzir insulina, em decorrência de um problema imunológico, ou seja, o próprio organismo “ataca” as células que produzem insulina.
O diagnóstico é feito durante a infância ou adolescência e os seus sintomas são poliúria (aumento da frequência para urinar), polifagia (fome excessiva), polidipsia (sede excessiva) e emagrecimento. O tratamento é feito através de controlo da glicémia capilar, alimentação, exercício físico e administração de insulina. Com a diabetes mellitus do tipo II podem ocorrer duas situações, o organismo reduz a capacidade de usar a insulina de forma correta e/ou o pâncreas reduz a sua produção. Ao contrário da diabetes tipo I, esta é diagnosticada já em fase em adulta. Os sintomas são semelhantes ao da diabetes tipo I, contudo em vez de existir emagrecimento, a pessoa apresenta obesidade. O tratamento é feito através do controlo da glicémia capilar, alimentação saudável, exercício físico e administração de antidiabéticos orais. Em certos casos, onde a doença esteja muito avançada, pode ser necessário a administração de insulina.
Se esta doença não for controlada, pode levar a complicações sérias no futuro, tais como, doenças cardiovasculares, insuficiência renal, lesão ocular e neurológica, disfunção sexual, problemas nos pés (em casos graves pode ser necessário amputação do membro) e ainda coma ou morte. Devem ser feitas consultas médicas e de enfermagem regularmente de forma a poder controlar a glicémia e prevenir complicações.
A melhor forma de prevenir esta doença é através de manter uma alimentação saudável, praticar exercício físico regularmente e fazer regularmente exames de rotina para controlar o nível de glicémia.

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