Manuscrito inédito do século XVIII sobre terramoto de 1755 publicado pela primeira vez

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A edição, pela primeira vez, do manuscrito “Extraordinários sucessos do terramoto 1755: Memória histórica de frei Tomás de Aquino”, é apresentado na segunda-feira, em Lisboa, anunciou a autarquia da capital portuguesa.

A obra, com transcrição e estudo introdutório de Edite Martins Alberto, do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho, é editada com a chancela do Arquivo Municipal de Lisboa, e é apresentada na segunda-feira, às 18:30, por João de Figueirôa-Rego, investigador coordenador da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, no antigo refeitório dos monges, no atual edifício da Assembleia da República, em Lisboa.

A atual edição torna público o manuscrito de frei Tomás de Aquino, intitulado “Memória de extraordinarios sucessos offerecida como signal de eterno agradecimento pela conservação da vida de seus filhos em o Terremoto do 1.º de Novembro de 1755, ao sempre illustre e amavel Pay São Bento, Principe dos Patriarcas…”.

“O manuscrito, até agora desconhecido do público, foi redigido em 1758, por frei Tomás de Aquino, e constitui uma preciosa fonte para o conhecimento de Lisboa nos tempos posteriores ao terramoto de 1755”, disse à Lusa fonte do arquivo municipal lisboeta.

Em 1758, Francisco Saldanha tornou-se o 3.º cardeal patriarca de Lisboa.

“A publicação de fontes tem sido um dos objetivos do Arquivo Municipal de Lisboa, visando facilitar a investigação e a divulgação do seu acervo documental”, segundo a câmara, em comunicado enviado à agência Lusa.

O documento foi redigido por um frade beneditino, e, segundo a edilidade, “encontra-se atualmente emprestado pelo Arquivo Municipal ao Museu da Assembleia da República, onde decorre a exposição comemorativa dos 400 anos de utilização efetiva do espaço”, intitulada “O Mosteiro de S. Bento da Saúde: de Casa Religiosa a sede do Parlamento”.

O parlamento foi edificado a partir do mosteiro beneditino, que, com a construção incompleta, entrou em funcionamento em 1615, e foi extinto em 1833, ainda por concluir, na sequência da reforma eclesiástica, que antecipou o Édito da Extinção das Ordens Religiosas, e passou a ter funções laicas em 1834, por determinação de D. Pedro IV, que ali instalou as Cortes, constituídas por duas câmaras parlamentares, a dos Deputados e a dos Pares do Reino.

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