Bruno Oliveira integra a equipa da Harvard Medical School que desenvolveu uma nova técnica para detetar coágulos. O método inovador vai permitir prevenir acidentes vasculares cerebrais (AVC), ataques cardíacos e embolias pulmonares, doenças que acontecem quando os principais vasos sanguíneos são bloqueados por coágulos, ou trombos, que viajam pelo corpo.
Para prevenir, por exemplo, um ataque cardíaco, doença que mata quatro mil portugueses por ano, é necessário localizar os coágulos a tempo e dissolvê-los. Até agora têm sido necessários três exames diferentes, ultra-som, ressonância magnética ou tomografia computadorizada, mas cada um só se focava numa parte do corpo.
O novo método da Harvard Medical School permite analisar o corpo inteiro em simultâneo e detetar trombos com uma precisão de 97%, recorrendo a um exame de imagem de medicina nuclear denominado Tomografia por Emissão de Positrões (PET). A entrada do radiofármaco, testado em estudos pré-clínicos, para o mercado deve demorar pelo menos cinco anos, pois os resultados ainda são preliminares
O jovem de 35 anos formado em Química pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, onde fez ainda um mestrado e um doutoramento, trabalha neste projecto desde 2013, ano em que se mudou para os Estados Unidos.