Os menores foram detidos desde o início do ano e têm idades até aos 16 anos.
Os seis menores são suspeitos de estarem envolvidos em incêndios florestais, revelou a Polícia de Segurança Pública.
A PSP adianta ainda no mesmo comunicado que em 2013 foram identificados nove menores e, no ano passado, 11. No total, desde 2013 foram identificados 26 menores, que representam 19,8% do total de pessoas suspeitas de estarem envolvidos em incêndios florestais ocorridos na área de responsabilidade da PSP.
Dados da Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais divulgados hoje à agência Lusa revelam que, neste momento, estão dois jovens em centros educativos a cumprir “medida de internamento na sequência de cometimento de crime de incêndio florestal”.
Segundo a PSP, em 2013 foram identificados 59 pessoas por suspeita de envolvimento em incêndios florestais, sendo que uma delas era reincidente. Em 2014, o número diminuiu para 37, havendo dois reincidentes. Este ano, já foram identificadas 35 pessoas.
Distrito de Lisboa com mais incêndios
De acordo com as ocorrências de incêndios florestais comunicadas à PSP desde o início do ano, as áreas mais afetadas são os distritos de Lisboa (86), Setúbal (49), Porto (33), Santarém (31) e a Ilha da Madeira (28). “Não obstante, este problema estende-se aos demais distritos e ilhas, havendo registo de nove ocorrências em Viana do Castelo, oito em Braga, Castelo Branco e Leiria, cinco em Aveiro, três em Viseu e Coimbra e uma em Portalegre e Faro”, adianta a PSP.
Em 2014, os distritos mais afetados foram os de Lisboa (41), Santarém (31), Setúbal (15), Porto (12), Braga (11), Viseu (9), Castelo Branco (7), bem como a Ilha da Madeira (10). Já em 2013, o distrito de Lisboa tinha sido o mais afetado com 112 ocorrências registadas. Seguiram-se-lhe Setúbal (72), Porto (36), Viseu (35), Ilha da Madeira (33), Braga (22) e Aveiro (11).
A PSP refere no comunicado que “a problemática dos incêndios florestais é uma preocupação” constante da polícia que “tem promovido várias ações de sensibilização junto da população”. Os alertas incidem nos cuidados a ter com a limpeza e manutenção de terrenos, especialmente quando são detetadas situações de maior risco por falta de limpeza dos terrenos e de não estar a ser respeitada a distância definida por lei entre a vegetação e as habitações, faixa de rodagem, postes elétricos e linhas ferroviárias.