“Relações com a França são antigas, sólidas e muito amigas” – PR

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As relações culturais e económicas entre Portugal e França e os esforços conjuntos nas questões de segurança e da luta contra o terrorismo foram algumas das questões que centraram a reunião entre Aníbal Cavaco Silva e François Hollande no Palácio do Eliseu. A visita do Presidente da República português ao seu homólogo francês encerrou a sua deslocação de dois dias a Paris.

O encontro foi ainda pautado pelas questões económicas e de cooperação bilateral, europeia e internacional.

Nas declarações aos jornalistas no fim do encontro, François Hollande começou por referir que “esta visita é um testemunho da relação de confiança e amizade que existe entre os dois países”, e recordou que há dez anos um presidente português não visitava a França.

O Chefe de Estado francês referiu que 600 mil franceses são de origem portuguesa e afirmou a intenção dos dois países prosseguirem a sua ligação cultural e linguística, unindo esforços para haver uma maior ligação entre as duas línguas.

Referiu ainda a visita que o primeiro-ministro Manuel Valls irá fazer a Lisboa a 9  e 10 de abril, para a elaboração de um roteiro centrado na cooperação entre os dois países. Quanto ao investimento, Hollande lembrou que há 600 empresas francesas implantadas em Portugal sem deixar de referir as empresas portuguesas que estão implantadas em França e aqui desenvolvem as suas atividades.

A crise económica e financeira que atingiu a Europa foi outro dos temas tratados entre os dois presidentes. Sobre Portugal, François Hollande referiu o “período muito difícil”, vivido no país, mas defendeu que a Europa no geral está já no caminho do crescimento, “com resultados económicos significativos para Portugal”. “Vamos juntos desenvolver esta perspectiva de crescimento e tudo faremos para que o plano Junker tenha resultados concretos nos dois países”, afirmou o Chefe de Estado francês. Nesse sentido referiu que a França vai contribuir com 8 mil milhões de euros para o plano Junker.

Outra questão discutida pelos dois presidentes foi a segurança na Europa, com François Holland a agradecer o apoio português às operações desenvolvidas no Mali e na República Centro Africana. Nas declarações aos jornalistas, Holland revelou ainda que discutiu com Aníbal Cavaco Silva a questão da luta contra o terrorismo e o desenvolvimento meios de atuaçao conjuntos.

Papel desempenhado pela comunidade portuguesa

Cavaco Silva começou por afirmar a “honra especial” em encontrar-se com o seu homónimo, revelando que no encontroforam discutidos os temas da agenda bilateral, europeia e internacional.

“As nossas relações com a França são antigas, sólidas, muito amigas. A França é tradicionalmente um dos nossos principais parceiros económicos e nos últimos anos essa relação reforçou-se, sendo neste momento a França, o segundo parceiro comercial e de investimento de Portugal, depois da Espanha”, referiu o Chefe de Estado português, defendendo que ainda é possível tirar mais partido do potencial das “relações políticas excelentes que existem entre os dois países”.

Nas declarações à imprensa, Cavaco Silva destacou ainda o “papel muito importante e dinâmico desempenhado em França pela comunidade portuguesa e luso-descendente” e agradeceu a “hospitalidade que têm demonstrado” as autoridades francesas em relação aos portugueses que residem no país.

No encontro foram enumeradas as reformas que têm sido efectuadas por Portugal no seu programa de ajustamento e ainda, como referiu o presidente português, as que de “forma corajosa” estão a ser implementadas em França.

Cavaco Silva advogou ainda uma Europa mais equilibrada, para resolver questões como o desemprego, afirmando que os esforços individuais de cada estado membro, apesar de serem importantes, “não são suficientes” para o alcance dos resultados satisfatórios. “É necessária uma visão mais integrada e politica e uma coordenação reforçada, que permita corrigir os desequilíbrios numa zona económica ainda demasiado heterogénea”, afirmou o Chefe de Estado português, que defende uma Europa mais solidária.

“É necessário construir uma Europa mais solidária e mais inclusiva”, afirmou.

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