A adesão dos trabalhadores à greve do Metropolitano de Lisboa era hoje às 07:30 “elevada”, encontrando-se as portas das estações encerradas até às 10:00, disse à agência Lusa a sindicalista Anabela Carvalheira.
“A adesão, à semelhança das greves anteriores, é elevada. Está a decorrer normalmente, encontrando-se as estações fechadas. Os trabalhadores que deveriam ter entrado nas áreas operacionais não entraram”, disse à Lusa Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans).
De acordo com a sindicalista da FECTRANS, a expectativa é que se mantenham os índices de adesão das últimas greves.
“Em causa está a intenção da concessão, a defesa da empresa no setor público e um serviço de qualidade às populações, as questões mais específicas das condições de trabalho que não estão a ser cumpridas. Em suma, é o continuar de uma luta que já é longa e que o Governo não quer de maneira nenhuma resolver, antes pelo contrário”, criticou.
As estações do Metropolitano de Lisboa abrem hoje apenas às 10:00 – foram encerradas por decisão do Metropolitano de Lisboa -, devido a uma greve parcial dos trabalhadores, que decorre esta manhã, para contestar as condições de trabalho.
A greve parcial dos trabalhadores decorre entre as 06:30, hora normal de abertura das estações, e as 09:30, devendo a abertura das mesmas e a circulação das composições acontecer a partir das 10:00, divulgou a empresa, em comunicado.
A paralisação, convocada por diversos sindicatos, é a primeira desta semana, já que se realizará outra greve parcial na quarta-feira.
Os trabalhadores do metro já realizaram uma greve nestes moldes a 23 de fevereiro passado e adiaram para hoje e quarta-feira uma outra paralisação que esteve marcada para 26 do mês passado.
Segundo o sindicato, entre as razões para a greve estão “a falta de diálogo, quer por parte da empresa quer do Governo, para resolver os problemas concretos de trabalho da maior parte das categorias profissionais, a redução cada vez mais acentuada do número de trabalhadores” e “a defesa da empresa enquanto empresa pública”.
Devido à greve, a Carris vai reforçar o número de autocarros nos trajetos servidos pelas carreiras 726 (Sapadores-Pontinha), 736 (Cais do Sodré-Odivelas), 744 (Marquês de Pombal-Moscavide) e 746 (Marquês de Pombal-Estação da Damaia), que coincidem com eixos servidos pelo Metro, acrescentou o Metropolitano, em comunicado.
Adesão à greve do Metropolitano de Lisboa “é elevada”, diz sindicato
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